Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta terça-feira a Cimpor divulga as contas dos primeiros nove meses. Os investidores estarão também atentos à Sumol + Compal, que os principais accionistas querem retirar de bolsa, bem como à negociação da REN, cujos direitos e acções têm estado a perder terreno. Já a Semapa e Navigator poderão estar a reagir em alta às subidas dos preços-alvo. Destaque ainda para o “outlook” económico da OCDE e a esperada confirmação de Powell, pelo Senado dos EUA, para liderar a Fed.
Hoje teremos, depois do fecho da bolsa, a apresentação das contas dos primeiros nove meses do ano da Cimpor.
Os investidores continuarão também atentos aos direitos de subscrição do aumento de capital da REN fecharam ontem a afundar 9,15% para 12,9 cêntimos. Ao mínimo que atingiram perto do final da sessão (12,7 cêntimos), corresponde já uma queda de 15,3% face à cotação de estreia na passada quinta-feira, nos 15 cêntimos. Uma cotação que já se situava abaixo do preço teórico do dia em que os direitos foram destacados das acções (15,9 cêntimos).
Esta pressão vendedora nos direitos, exercida sobretudo pelos accionistas que não pretendem participar no aumento de capital, está a penalizar o desempenho das acções, já que os dois títulos têm um valor correlacionado. As acções fecharam a cair 1,97% para 2,39 euros, sendo que nestas três sessões em que os direitos estão a negociar acumulam uma queda de 4,8%.
Accionistas querem retirar Sumol + Compal da bolsa
Ainda por cá, os intervenientes do mercado vão estar atentos à evolução da Sumol – Compal, depois de ontem os seus principais accionistas terem dito que pretendem retirar a empresa de bolsa. Cotada na bolsa portuguesa desde 1987 (na altura com outra denominação), a Sumol + Compal deverá então perder em breve o estatuto de empresa com qualidade de sociedade aberta.
De acordo com um comunicado enviado para a CMVM, a Refrigor e a Frildo solicitaram a convocação de uma assembleia geral de accionistas da Sumol + Compal, com o propósito de deliberar a saída da desta empresa da bolsa de Lisboa. Uma decisão que tem aprovação quase certa, uma vez que estes accionistas controlam 85,8% do capital da Sumol + Compal e mais de 90% dos direitos de voto.
BPI sobe preço-alvo da Semapa e Navigator
O BPI reviu em alta o preço-alvo para as acções da Semapa e da Navigator, para incorporar as estimativas mais positivas para o preço da pasta e do papel e o aumento expectável dos volumes de cimento, tendo em conta a evolução do sector da construção em Portugal e no Brasil.
A Semapa, que controla a Navigator, na área da pasta e do papel, e a Secil, na área dos cimentos, "é uma holding que negoceia com um desconto de referência superior ao histórico", refere o BPI. Já no que respeita à Navigator, os analistas justificam a subida do target com a incorporação dos preços mais alto da pasta e do papel, que mais do que compensam a fraqueza do dólar.
OCDE apresenta perspectivas económicas
Esta terça-feira serão apresentados dados e indicadores que captarão as atenções. Em destaque estará a publicação do "outlook" económico da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o inquérito à avaliação bancária na habitação em Outubro, bem como a estrutura das explorações agrícolas em 2016.
Nos EUA teremos os dados relativos aos inventários do retalho relativos a Outubro [anterior: -1,0%].
Senado dos EUA confirma Powell e Trump reúne-se com líderes do Congresso
O Senado norte-americano pronuncia-se hoje sobre a nomeação, por Donald Trump, de Jerome (Jay) Powell para substituir Janet Yellen na liderança da Reserva Federal a partir do próximo dia 3 de Fevereiro. Se Powell for confirmado pelo Senado, no dia 28 de Novembro, será o primeiro presidente da Fed, em quase quatro décadas (desde 1981), que não é licenciado em Economia [mas sim em Direito], conforme salienta a Fortune. E será a primeira vez em quatro décadas que um presidente da Fed não cumpre um segundo mandato.
Por outro lado, o presidente dos EUA vai reunir-se esta terça-feira com os líderes democrata e republicano do Congresso para debater um plano de gastos federais que evite um "shutdown" [paralisação] parcial e mantenha os serviços do governo em funcionamento.
No passado mês de Maio, a Câmara dos Representantes e o Senado – as duas casas do Congresso – aprovaram um projecto de lei no valor de um bilião de dólares para o governo norte-americano ser financiado até 30 de Setembro e não entrar em "shutdown". Agora, é preciso "voltar à carga".
A lei de financiamento do Estado federal norte-americano abrange várias áreas, da Agricultura à Defesa. Em 2011, recorde-se, a aprovação de um aumento do chamado tecto de endividamento dos EUA ["debt ceiling"] demorou, tendo sido criado um grande impasse que levou à paralisação de todos os serviços públicos do país após o Verão - e que levou a que a Standard & Poor's cortasse, pela primeira vez, o rating soberano de triplo A dos Estados Unidos.