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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

O dia começa com a Europa a despertar com Macron a caminho do Palácio do Eliseu. Ganhou as eleições francesas e afastou o espectro de um Frexit que poderia surgir caso a candidata da extrema-direita vencesse.

08 de Maio de 2017 às 07:30
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Reacção às eleições francesas

Uma vitória da Europa foi como domingo muitos reagiram à escolha de Emmanuel Macron para novo Presidente da França. Macron ganhou com 65% dos votos, vencendo Marine Le Pen, a candidata da extrema-direita. Nos mercados asiáticos, a reacção não se fez esperar. O euro passou os 1,1 dólares. Esta segunda-feira, em França é feriado, já que os franceses comemoram o 8 de Maio de 1945, o dia da capitulação dos alemães. Macron estará ao lado de Hollande nas comemorações. Os mercados sinalizaram o "gosto" pela decisão dos franceses e esta segunda-feira irão mostrá-lo? É que depois da reacção imediata, o euro voltou a recuar. Mas os futuros de Wall Street subiram. Ganhou o candidato pró-Europa, diminuindo o risco de um Frexit.



BCP apresenta resultados trimestrais

O banco liderado por Nuno Amado apresenta esta segunda-feira, após o fecho da bolsa de Lisboa, os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2017. Os analistas apontam para lucros de 42 milhões de euros, o que compara com os 46,7 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado. Já os lucros operacionais (antes de provisões) deverão ser de 297 milhões de euros, acima dos 231,2 milhões de euros do período homólogo, sendo que o banco terá constituído provisões no valor de 214 milhões de euros.


Mercados ainda se lembram da multa expressiva para EDP e Sonae?

A Autoridade da Concorrência anunciou uma multa, perto do recorde, à EDP e Sonae de 38,3 milhões de euros, por terem escrito num acordo um pacto de não agressão. É certo que o comunicado da Autoridade da Concorrência, na sexta-feira, foi feito ainda estava o mercado aberto, o que levou, numa reacção imediata, aos níveis mais baixos das cotações das duas cotadas nessa sessão. A EDP chegou a cotar nos 3,241 euros, e a Sonae 0,967 euros. A EDP ainda recuperou, fechando a subir 1,4%. E a EDP foi a empresa que recebeu a fatia de leão desta coima: 28,7 milhões. A Sonae não saiu tão por cima, e fechou sexta-feira a perder 1,12%. A Sonae recebeu a coima de 9,6 milhões. O que dirão esta segunda-feira os mercados, depois das duas empresas já terem assumido que irão recorrer das coimas para o tribunal da Concorrência. Só que, apesar de poder haver um reverso da decisão em tribunal, pela nova lei da Concorrência as empresas, agora, primeiro pagam, e depois recorrem.


O que vai fazer Buffett a seguir?


Depois da assembleia-geral em Omaha, e dos resultados do primeiro trimestre da Berkshire Hathaway – que caíram 27% para 3,7 mil milhões de euros – , Warren Buffett vai estar durante três horas na CNBC a falar da sua empresa que continuar a funcionar como radar para outros investidores. Ainda mais quando se olha para as contas e se conclui que a Berkshire Hathaway tem os cofres recheados. São 96,5 mil milhões de dólares (87,9 mil milhões de euros) disponíveis, o que faz os analistas a antecipar uma grande aquisição por parte de Warren Buffet. Foi na assembleia-geral que Buffett exprimiu desapontamento por não ter investido na Google e na Amazon e ter ficado na IBM, cuja participação vendeu recentemente. No sábado, na assembleia-geral, demonstrou, ainda apetite por oportunidades na energia renovável. "Temos um grande apetite por eólicas e solar", declarou. 

No mercado norte-americano, atenções ainda para os resultados da cadeia hoteleira Marriott que deverá registar uma subida nas receitas e lucros, ajudada pela aquisição, em Setembro, da Starwood Hotels. 

E será que Wall Street vai continuar a bater máximos, depois de os ter renovado na sexta-feira?



 


Moody's não mexeu no rating de Portugal. Como reage a dívida?

Esta semana Portugal vai realizar uma operação de financiamento a cinco e a dez anos. Isto numa altura em que vive uma espécia de estado de graça junto dos investidores. Com a taxa a dez anos a transaccionar, sexta-feira, abaixo dos 3,4%, o valor mais baixo desde Novembro passado. Isto apesar do "rating" da República continuar no patamar de lixo. Depois de a DBRS ter deixado tudo na mesma a 21 de Abril, na sexta-feira a Moody’s também não utilizou a data para rever o "rating" e alterar a avaliação. A agência de notação financeira voltou a não se pronunciar sobre a classificação da dívida soberana de longo prazo de Portugal, que se manteve assim em Ba1, o primeiro nível da categoria de investimento especulativo. A próxima avaliação está prevista para 1 de Setembro.


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