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Euro trava ganhos depois da eleição de Emmanuel Macron
A moeda da Zona Euro chegou a tocar em máximos de seis meses depois de Emmanuel Macron ter sido eleito presidente da França. Contudo, o alívio dos investidores durou pouco e os receios em torno das políticas do BCE estão a penalizar o euro.
Nesta segunda-feira, 8 de Maio, o euro já negociou nos 1,1023 dólares, o valor mais elevado desde 9 de Novembro, impulsionada pela vitória na segunda volta das presidenciais francesas de Emmanuel Macron. O candidato centrista, durante a campanha, mostrou querer um aprofundamento da União Europeia.
Concretamente, defendeu a criação de um orçamento para a Zona Euro com três braços: investimento; assistência financeira; e resposta às crises económicas. Para aceder aos fundos, os países têm de cumprir regras comuns em matéria fiscal. Propôs que haja um ministro das Finanças e outro da Economia da Zona Euro.
Uma vez que as eleições francesas estavam a ser encaradas como um dos principais testes que a União Europeia enfrenta este ano, a vitória de um candidato europeísta permitiu, nomeadamente aos mercados, respirarem de alívio.
Contudo, não foi algo que tenha durado muito. Por esta altura, o euro desce 0,15% para 1,0981 dólares, penalizado pelos receios dos investidores em torno das políticas monetárias do Banco Central Europeu. Na semana passada, de acordo com a Bloomberg, Peter Praet, do BCE, assinalou que as melhorias económicas recentes, registadas na região, não são suficientes para um aperto nas políticas.
Mansoor Mohi-uddin, estratega na NatWest Markets, disse à Bloomberg que o euro enfrentou um movimento de vendas, quando negociou acima dos 1,10 dólares, numa altura em que membros do BCE, como Praet e Mario Draghi "continuam cautelosos sobre as perspectivas para a inflação na Zona Euro, enquanto a criação de postos de trabalho nos EUA sugere que a Fed vai continuar a subir juros".