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Prestação média para compra de casa em máximos de quase 15 anos. Juros já são 60% da mensalidade
A prestação média no crédito à habitação em Portugal fixou-se em 392 euros, o máximo desde o início da série em 2009. Os juros já representam 60% da mensalidade.
A prestação média no crédito à habitação em Portugal fixou-se em 392 euros em outubro, o valor máximo desde o início da série, ou seja desde janeiro de 2009. Os juros já ocupam uma fatia de 60% da mensalidade e 40% a capital amortizado, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A prestação média ficou, assim, seis euros mais cara do que em setembro e subiu 113 euros, face a outubro do ano passado.
No último mês, a parcela relativa a juros representou 60% da prestação média, o que compara com 25% em outubro de 2022. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 16 euros face ao mês anterior, para 644 euros em outubro, um aumento percentual de 31,7%.
Pela primeira vez nos últimos 12 meses, "registou-se uma redução da taxa de variação homóloga do valor médio da prestação face à observada no mês anterior (41,9%)", refere o INE.
O capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 224 euros face a setembro, fixando-se em 64.186 euros. Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 125.103 euros, mais 1.711 euros que no mês anterior.
Já a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi de 4,433% em outubro, o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 16,3 pontos base face a setembro.
O INE sublinha que "pelo quinto mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos".
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 4,366% em setembro para 4,380% em outubro, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2012.
(Notícia atualizada às 11:23 horas).