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Juros já representam 59% da prestação média da casa. Mensalidade é a mais alta em 14 anos

Segundo os dados divulgados pelo INE, a parcela relativa a juros na prestação média do crédito à habitação ascendeu a 59% em agosto, ou seja, 226 euros.

Miguel Baltazar
20 de Outubro de 2023 às 11:23
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A prestação da casa ascendeu a 386 euros em setembro, mais sete euros do que em agosto e 114 euros do que no mesmo mês de 2022, traduzindo-se num aumento percentual de 41,9%, segundo revelam os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A prestação média está em máximos do início da série do gabinete de estatísticas, de janeiro de 2009.

Deste valor, 226 euros (59%) correspondem ao pagamento de juros e 160 euros (41%) a capital amortizado. Pelo quinto mês consecutivo, os juros representam mais de metade da prestação paga pelas famílias. "No último mês, a parcela relativa a juros representou 59% da prestação média, o que compara com 21% em setembro de 2022", destaca o INE.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação voltou a subir, depois de uma desaceleração em julho, e tal como em agosto, aumentando cinco euros face a agosto para 628 euros em setembro, um aumento de 33,3% face ao mesmo mês do ano anterior.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 4,270% em setembro, mantendo-se em máximos de março de 2009. O valor representa uma subida de 18,1 pontos base face ao mês anterior (4,089%).

Os juros no crédito da casa sobem há 18 meses consecutivos, mas registaram em setembro a menor subida desde setembro de 2022.

Nos contratos mais recentes (celebrados nos últimos três meses), a taxa de juro subiu de 4,331% em agosto para 4,366% em setembro, mantendo-se em máximos de abril de 2012. Apesar dos juros dos novos contratos subirem também há 18 meses, este é o menor aumento desde o início desse ciclo, em abril de 2022.

Considerando apenas o destino de financiamento como a aquisição de habitação - o mais expressivo no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita ascendeu a 4,247%, aumentando 18 pontos base em termos de variação mensal. Especificamente nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,1 pontos base face a agosto atingindo 4,351% em setembro.

Em setembro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 222 euros relativamente ao mês anterior, cifrando-se em 63.942 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida subiu e foi de 123.392 euros, mais 428 euros do que em agosto.
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