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Gaiense Staline funda plataforma Casa Partilhada que não aceita comunidade LGBTQI+
“Acreditamos que é importante proteger a privacidade e segurança das mulheres e, portanto, não permitimos que homens ‘gays’ partilhem uma casa com mulheres”, explica o fundador da plataforma.
Um em cada cinco pessoas admite querer mudar para uma habitação partilhada por ser mais barato, constituindo a segunda opção para um em cada três inquiridos, revelava um estudo realizado pelo site do idealista, divulgado em março passado.
A maioria dos participantes neste estudo, intitulado "A casa que os portugueses procuram e querem para viver", dizia que o preço máximo que estava disposto a pagar por uma habitação partilhada situa-se entre os 201 e 300 euros por mês e que gostaria de dividir casa apenas com um ou duas pessoas.
Com o agudizar da crise habitacional que se vive em Portugal, eis que acaba de ser criada uma plataforma de partilha de casas que "conecta pessoas que procuram um lugar para morar com aquelas que têm um quarto extra disponível".
Chama-se Casa Partilhada (https://casapartilhada.com/) e tem uma perspetiva polémica sobre igualdade sexual.
"Acreditamos que todos merecem um lugar seguro e acessível para morar, independentemente da sua orientação sexual", começa por afirmar Staline Pacheco, fundador da Casa Partilhada, que tem sede em Vila Nova de Gaia, em comunicado enviado às redações.
"No entanto, por motivos humanitários, atualmente não aceitamos membros da comunidade LGBTQI+ ‘gays’ na nossa plataforma", sublinha.
Porquê? "Acreditamos que é importante proteger a privacidade e segurança das mulheres e, portanto, não permitimos que homens gays partilhem uma casa com mulheres", explica.
"Além disso, a Casa Partilhada não exige o pagamento de caução", remata Staline Pacheco.