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Portugueses deixaram quase dois mil milhões em depósitos à ordem em Julho

O montante parado nas contas à ordem é cada vez maior. Equivale a um terço do valor aplicado em depósitos a prazo.

Bruno Simão
28 de Agosto de 2017 às 12:59
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O montante investido em depósitos a prazo aumentou, em Julho, pelo terceiro mês consecutivo. Apesar das taxas zero, os portugueses deixaram perto de dois mil milhões de euros parados na conta à ordem, um valor permitiu compensar a quebra nos depósitos com prazos estipulados com o banco.


O saldo aplicado em depósitos a prazo atingiu, no final de Julho, 143.514 milhões de euros, mais 1.296 milhões que os 142.291 milhões que estavam nestes produtos no final de Junho, indica o BCE. Este aumento surge depois do "stock" de depósitos ter já subido nos dois meses anteriores.

Ainda que o montante aplicado em depósitos tenha registado um forte crescimento, esta evolução é justificada pelo aumento do dinheiro que permanece estacionado na conta. Havia, no final de Julho, 47.935 milhões de euros em depósitos à ordem, mais 1.960 milhões que os 45.975 milhões que estavam nestes produtos um mês antes. O dinheiro parado no banco sem qualquer remuneração equivale já a 33,4% dos depósitos a prazo.


Ao contrário dos depósitos à ordem, nos outros produtos, o montante aplicado diminuiu, no mês passado. Para os produtos com prazos superiores a dois anos, o valor aplicado caiu 666 milhões de euros, para 29.210 milhões. Já os depósitos até dois anos registaram uma descida de 90 milhões de euros, permanecendo acima de 66 mil milhões de euros.

A contribuir para o aumento dos depósitos, em Julho, poderá estar um reforço das poupanças dos emigrantes, uma vez que se trata de um mês em que uma parte significativa dos portugueses a trabalhar no estrangeiro gozam férias no país, isto apesar do ambiente de taxas praticamente nulas.


Os juros pagos pelos bancos nos depósitos estão próximo de zero. Segundo dados do BCE, a taxa de juro oferecida pelas instituições financeiras nos novos depósitos foi, em Junho, de 0,32%, sendo que entre os grandes bancos nacionais a maioria destas aplicações já não tem qualquer remuneração.

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