Notícia
Malparado das famílias e empresas atinge valor mais elevado desde Novembro
Os bancos nacionais têm mais de 18 mil milhões de euros em crédito de cobrança duvidosa. Este montante aumentou pelo quinto mês consecutivo.
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As instituições financeiras nacionais tinham, no final de Maio, 18,3 mil milhões de euros em crédito malparado, revelam os dados publicados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira, 12 de Julho. Este valor representa um aumento face aos quase 18,1 mil milhões de euros relativos ao mês anterior e é mesmo o mais elevado desde Novembro. O crédito de cobrança duvidosa aumentou tanto nas famílias como nas empresas.
Há cinco meses consecutivos que o crédito malparado está a crescer. No que diz respeito às empresas, os bancos tinham 13,16 mil milhões de euros de empréstimos de difícil recuperação em carteira, no final de Maio, o valor mais elevado desde Novembro. Este montante representa 16,5% de todo o crédito concedido a empresas. Esta percentagem é a mais elevada desde que o Banco de Portugal começou a publicar estes dados, no final de 1997.
No que diz respeito às famílias, o montante de malparado ascende a 5,13 mil milhões de euros, também um máximo de Novembro. Este valor representa 4,32% de todo o dinheiro emprestado a particulares.
No crédito à habitação, o malparado ascendeu a 2,56 mil milhões de euros, ou 2,65% do "stock" de empréstimos. E ainda que o valor do malparado tenha sido mais elevado no final do ano passado, a percentagem face ao total de crédito concedido é a mais elevada desde que há registo.
Mas é no crédito para outro fins que a percentagem de malparado é mais elevada. Atingiu 16,17% de todo o dinheiro emprestado. Em termos de valor, ascende a 1,5 mil milhões de euros. Já no que toca ao crédito ao consumo, existiam 1,05 mil milhões de euros em empréstimos de difícil recuperação, ou 8,35% do total de dinheiro concedido.