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Juros do novo crédito para a casa sobem para máximo de outubro de 2020

No mês passado, os bancos concederam 1.940 milhões de euros de novos empréstimos a particulares. A maior fatia (1.275 milhões de euros) diz respeito a crédito à habitação.

Sérgio Lemos
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Quem precise de crédito para comprar casa tem de enfrentar uma subida nas taxas de juro. A Euribor está a agravar os custos dos novos empréstimos, cujo juro atingiu, em fevereiro, o valor mais elevado desde outubro de 2020.

"A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 0,87% (0,81% em janeiro), em linha com a subida das taxas Euribor", revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

No mês passado, os bancos concederam 1.940 milhões de euros de novos empréstimos a particulares, sendo que a maior fatia (1.275 milhões de euros) diz respeito a crédito à habitação.

Foram ainda emprestados 453 milhões de euros para consumo e 212 milhões de euros para outros fins. No caso do crédito ao consumo, a taxa de juro média desceu para 7,71%, o que compara com 7,76% no mês de janeiro.

No segmento corporativo, em fevereiro, o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 1.343 milhões de euros a uma taxa de juro média de 2,02%. Também aqui representa uma subida face aos 1,9% registados em janeiro.


Nos novos empréstimos de montante até 1 milhão de euros a taxa de juro média reduziu-se para 2,13% (2,24% no mês de janeiro). Mas nos empréstimos de montante superior a 1 milhão de euros aumentou para 1,81% (1,44% em janeiro).

Juros dos depósitos em mínimos históricos
O montante dos novos depósitos de particulares fixou-se, em fevereiro, em 3.596 milhões de euros, mantendo a tendência de reforço que se tem vindo a viver desde o início da pandemia. Foram mais 287 milhões do que em fevereiro de 2021.

A remuneração deste dinheiro é continua, no entanto, sob pressão. A taxa de juro média manteve-se no mínimo histórico de 0,04% pelo quarto mês consecutivo. Do montante de novos depósitos constituídos, 84% foi aplicado em depósitos a prazo até um ano, também remunerados à taxa de juro média de 0,04%.

Já os novos depósitos de empresas totalizaram 776 milhões de euros, dos quais 728 milhões de euros foram aplicados em depósitos a prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,06%. Na zona euro, a taxa de juro média dos novos depósitos de empresas permanece negativa desde agosto de 2019.
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