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Só 3% dos novos créditos à habitação é de elevado risco

A implementação da medida macroprudencial para os créditos a consumidores anunciada pelo Banco de Portugal em 2018 acelerou uma diminuição do risco de crédito nos últimos anos.

9º Banco de Portugal
31 de Março de 2022 às 13:00
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As instituições financeiras em Portugal continuam a cumprir os limites impostos pelo Banco de Portugal para a concessão de novos créditos à habitação e aos consumidores. De acordo com o relatório de acompanhamento da medida macroprudencial do supervisor, só 3% dos novos créditos, no final de 2021, foram concedidos a mutuários com risco elevado.

"Cerca de 94% do montante de novas operações de crédito à habitação e ao consumo foi concedido a mutuários com um rácio DSTI (debt service-to-income, na sigla inglesa) com choque, ou seja, considerando uma subida das taxas de juro e uma redução de rendimento, inferior ou igual a 50%. Os empréstimos concedidos a mutuários com rácio DSTI entre 50 e 60% e acima de 60% totalizaram 4% e 3% do montante de novas operações, respetivamente, valores inferiores aos limites das exceções previstos no âmbito da Recomendação", refere o relatório.

"Em 2021, as instituições de crédito continuaram a cumprir as orientações definidas na Recomendação. A quase totalidade dos novos créditos à habitação registou um rácio LTV (loan-to-value, na sigla inglesa) inferior ou igual ao limite de 90%", acrescenta o regulador.

De acordo com o documento divulgado esta manhã pelo Banco de Portugal, o facto de os bancos estarem a cumprir as recomendações está a reduzir o nível de risco da carteira de crédito do setor, tornando-os mais resilientes a choques e reduzindo o risco de incumprimento por parte das famílias.

"A introdução do limite ao rácio LTV para os novos empréstimos à habitação contribuiu para reduzir o endividamento e melhorar o perfil de risco dos mutuários. Em média, os mutuários mais arriscados passaram a adquirir, após a introdução deste limite, imóveis com preços mais reduzidos e a contrair empréstimos de menor montante", explica o Banco de Portugal, notando que as famílias não deixaram de ter capacidade de aceder a crédito, apenas reviram os valores de financiamento.
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