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Juro do crédito para a casa atinge 3,649%, o valor mais alto desde abril de 2009
Pelo segundo mês consecutivo, os juros representam mais de metade da prestação paga pelas famílias. O capital médio em dívida aumentou 127 euros, para 63.296 euros.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu 3,649% em junho. O valor representa uma subida de 25,1 pontos base face ao mês anterior e é o mais elevado desde abril de 2009, segundo indicam os dados divulgados pela quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nos contratos mais recentes (celebrados nos últimos três meses), a taxa de juro subiu de 3,882% em maio para 4,132% em junho, atingindo o valor mais elevado desde maio de 2012.
Considerando apenas o destino de financiamento Aquisição de Habitação - o mais relevante no conjunto do crédito à habitação - a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,631% (mais 24,8 pontos base face a maio). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 25,2 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,123%.
O valor médio da prestação mensal fixou-se em 361 euros em junho, mais 9 euros que em maio e mais 100 euros que em junho de 2022 (aumento de 38,3%). Deste valor, 192 euros (53%) correspondem a pagamento de juros e 169 euros (47%) a capital amortizado. Pelo segundo mês consecutivo, os juros representam mais de metade da prestação paga pelas famílias.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros face ao mês anterior, para
609 euros em junho (aumento de 48,9% face ao mesmo mês do ano anterior).
(Notícia atualizada às 11:25)