Notícia
Crédito com taxa fixa ou mista já representa 19% do mercado
No total de 2022, o montante de crédito à habitação concedido ainda aumentou 6,8%. Ficou, contudo, muito abaixo dos 36,4% registados no ano anterior, indica o Banco de Portugal.
A pressão da subida da Euribor fez refrear a procura por crédito para comprar casa e alterou o tipo de juro contratado pelas famílias. Aumentou a importância das taxas mista e fixa, que representam já 19% dos novos contratos, mas a variável mantém-se dominante no mercado de crédito em Portugal.
Em 2022, 80,8% dos contratos de crédito à habitação foram celebrados a taxa variável, uma proporção inferior à de 2021 (84,9%). Em contrapartida, aumentou a importância dos contratos com taxa mista (de 10%, em 2021, para 12,3%, em 2022) e com taxa fixa (de 5,1% para 6,4%).
O "spread" médio dos novos contratos com taxa variável fixou-se em 1,09 pontos percentuais, o que compara com 1,14 em 2021.
No total de 2022, o montante concedido ainda aumentou 6,8% - muito abaixo dos 36,4% de 2021 -, mas no final do ano já houve um recuo, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
"O montante de crédito à habitação concedido foi desacelerando ao longo dos trimestres, em comparação com os períodos homólogos do ano anterior. No último trimestre do ano, acabou mesmo por cair (14,2%), num contexto de subida significativa das taxas de referência Euribor", explica o relatório do supervisor.
Apesar da tendência explicada pela escalada do indexante (no seguimento da subida dos juros de referência do Banco Central Europeu), voltou a registar-se, pelo segundo ano consecutivo, níveis de concessão de crédito à habitação "muito acima" dos observados no período pré-pandemia.
Prazo médio recua
Em média, foram celebrados 9.644 contratos de crédito à habitação por mês (menos 0,7%), num montante total de crédito concedido de 1.313 milhões de euros. O montante médio por contrato de crédito à habitação foi de 136.143 euros, mais 7,5% do que em 2021.
O número de contratos na carteira das instituições e o saldo em dívida cresceram: as instituições tinham em carteira, no final de 2022, cerca de 1,5 milhões de contratos de crédito à habitação (mais 4,5% que no ano anterior), aos quais correspondia um saldo em dívida de 100,9 mil milhões de euros (mais 6,4%).
Por seu turno, o prazo médio dos novos contratos diminuiu de 32,9 para 31,8 anos. Nos contratos em carteira das instituições, o prazo médio aumentou ligeiramente (de 33,5 anos para 33,6 anos).
Amortização e renegociação aumentam
Por último, tanto o número de reembolsos antecipados como as renegociações aumentaram: 20,4% e 17,4%, respetivamente. Registaram-se 141.952 reembolsos antecipados em contratos de crédito à habitação, aos quais correspondeu um montante reembolsado de cerca de 6,6 mil milhões de euros (mais 15,1% do que no ano anterior).
"O aumento foi mais acentuado na segunda metade do ano, num contexto de aumento das taxas de juro de referência e de início de um período da suspensão temporária da comissão por reembolso antecipado nos contratos de crédito para habitação própria permanente a taxa de variável", aponta o Banco de Portugal.
Já o montante renegociado aumentou 38,4%, tendo sido realizadas 41.332 renegociações, abrangendo 39.417 contratos de crédito à habitação e um montante total renegociado de aproximadamente 4,2 mil milhões de euros.
Em 2022, 80,8% dos contratos de crédito à habitação foram celebrados a taxa variável, uma proporção inferior à de 2021 (84,9%). Em contrapartida, aumentou a importância dos contratos com taxa mista (de 10%, em 2021, para 12,3%, em 2022) e com taxa fixa (de 5,1% para 6,4%).
No total de 2022, o montante concedido ainda aumentou 6,8% - muito abaixo dos 36,4% de 2021 -, mas no final do ano já houve um recuo, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
"O montante de crédito à habitação concedido foi desacelerando ao longo dos trimestres, em comparação com os períodos homólogos do ano anterior. No último trimestre do ano, acabou mesmo por cair (14,2%), num contexto de subida significativa das taxas de referência Euribor", explica o relatório do supervisor.
Apesar da tendência explicada pela escalada do indexante (no seguimento da subida dos juros de referência do Banco Central Europeu), voltou a registar-se, pelo segundo ano consecutivo, níveis de concessão de crédito à habitação "muito acima" dos observados no período pré-pandemia.
Prazo médio recua
Em média, foram celebrados 9.644 contratos de crédito à habitação por mês (menos 0,7%), num montante total de crédito concedido de 1.313 milhões de euros. O montante médio por contrato de crédito à habitação foi de 136.143 euros, mais 7,5% do que em 2021.
O número de contratos na carteira das instituições e o saldo em dívida cresceram: as instituições tinham em carteira, no final de 2022, cerca de 1,5 milhões de contratos de crédito à habitação (mais 4,5% que no ano anterior), aos quais correspondia um saldo em dívida de 100,9 mil milhões de euros (mais 6,4%).
Por seu turno, o prazo médio dos novos contratos diminuiu de 32,9 para 31,8 anos. Nos contratos em carteira das instituições, o prazo médio aumentou ligeiramente (de 33,5 anos para 33,6 anos).
Amortização e renegociação aumentam
Por último, tanto o número de reembolsos antecipados como as renegociações aumentaram: 20,4% e 17,4%, respetivamente. Registaram-se 141.952 reembolsos antecipados em contratos de crédito à habitação, aos quais correspondeu um montante reembolsado de cerca de 6,6 mil milhões de euros (mais 15,1% do que no ano anterior).
"O aumento foi mais acentuado na segunda metade do ano, num contexto de aumento das taxas de juro de referência e de início de um período da suspensão temporária da comissão por reembolso antecipado nos contratos de crédito para habitação própria permanente a taxa de variável", aponta o Banco de Portugal.
Já o montante renegociado aumentou 38,4%, tendo sido realizadas 41.332 renegociações, abrangendo 39.417 contratos de crédito à habitação e um montante total renegociado de aproximadamente 4,2 mil milhões de euros.