Notícia
Crédito ao consumo cai no final do ano
Apenas o financiamento automóvel aumentou, em Dezembro, nomeadamente nas modalidades de alocação financeira ou ALD, segundo os dados do Banco de Portugal.
O último mês de 2015 significou uma quebra nos montantes concedidos no crédito ao consumo, revelam os dados do Banco de Portugal, publicados esta segunda-feira. Depois de três meses consecutivos de crescimento, os empréstimos ao consumo voltaram a diminuir, à semelhança do que aconteceu em Agosto, mês de férias por excelência. Foram emprestados 485,4 milhões de euros, menos 2,45% do que um mês antes.
A tendência de queda no dinheiro emprestado foi quase generalizada. No crédito pessoal com finalidade (educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos), as novas operações ascenderam a 3,36 milhões de euros, menos 16,9%, a maior diminuição mensal registada em Novembro.
Já nos outros créditos pessoais sem finalidade específica, as instituições financeiras concederam 193,2 milhões de euros, uma queda de 6,8% face ao mês anterior.
Quanto aos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, os novos empréstimos ascenderam a 99,5 milhões de euros. Neste caso, verificou-se uma redução de 15,8%, depois do aumento expressivo de 33% registado um mês antes.
Relativamente ao crédito automóvel, este foi o único segmento em que se registou um aumento das novas operações. No caso dos automóveis novos, em locação financeira ou ALD, foram concedidos 34,18 milhões de euros, mais 17% do que em Novembro. E com reserva de propriedade e outros foram emprestados 464,6 milhões de euros, o que representou um aumento de 13,5% face ao mês anterior.
No que diz respeito aos automóveis usados, em locação financeira foram concedidos 7,87 milhões de euros, mais 19% do que em Novembro. Na modalidade com reserva de propriedade, as novas operações ascenderam a 100,7 milhões de euros, mais 10,5% do que em Novembro.
No acumulado do ano, as novas operações de crédito ao consumo totalizaram 5,06 milhões de euros, mais 22,5% do que em 2014, segundo os dados do Banco de Portugal.