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Juros e euro disparam logo após decisão do BCE

O euro chegou a subir mais de 1% logo a seguir ao anúncio da decisão do BCE em alargar o prazo do programa de compra de activos, mas reduzindo o montante de compras. Os juros também dispararam.

08 de Dezembro de 2016 às 13:09
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O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, às 12:45, um prolongamento do prazo do programa de compra de activos até, pelo menos, o final de 2017. Mas também anunciou uma corte no montante do programa em 20 mil milhões de euros por mês, a partir de Abril. Assim, no próximo ano, as compras serão fixadas com um montante máximo de 60 mil milhões de euros por mês.

 

O euro reagiu imediatamente. Às 12:46 o euro disparou 1,13% para 1,0874 dólares. Entretanto, a moeda única já aliviou da subida, seguindo a avançar apenas 0,13% para 1,0768 dólares.

Euro dispara logo após decisão do BCE

Os juros também reagiram em forte alta. A taxa de juro implícita na dívida portuguesa a 10 anos está a subir 10,1 pontos base para 3,614%. A taxa de Itália, que tem estado sob forte pressão devido à situação da banca e política, está a avançar 14,7 pontos para 2,034%. E nem a Alemanha escapa, com a bund a crescer 8,1 pontos para 0,428%.

O Banco Central Europeu (BCE) vai prolongar o seu programa de compra de títulos pelo menos até Dezembro de 2017, mas a partir de Abril baixará o ritmo de aquisições de 80 para 60 mil milhões de euros mensais. O programa de alívio quantitativo foi criado no início de 2015, inicialmente com um volume de compras de 60 mil milhões de euros por mês, tendo sido reforçado em Março deste ano para os actuais 80 mil milhões de euros de compras mensais.


No comunicado emitido esta quinta-feira, 8 de Dezembro, o banco central admite voltar a elevar o ritmo de compras e a prolongar novamente o programa. 


O prolongamento do programa estava já a ser antecipado pelos mercados, que acreditavam que o montante de compras seria mantido até Setembro. Mas não foi essa a decisão. O BCE optou por prolongar por mais tempo do que estava a ser antecipado (Setembro), mas decidiu cortar o montante de compras. "Redução do ritmo chega antes do que esperado", realçam os analistas David Watss e Tomas Hirts, do Credit Sights, numa nota publicada logo a seguir à decisão.

Frederik Ducrozet, economista, considera que foram anunciadas "más notícias". O economista diz que é agora aguardada a conferência de imprensa onde Mario Draghi vai dar mais pormenores sobre as decisões, mas, diz Ducrozet, "os mercados podem não acreditar no compromisso do BCE em expandir o programa outra vez no futuro".


O presidente do BCE, Mario Draghi, vai explicar as decisões a partir das 13:30, hora de Lisboa.

(Notícia em actualização)

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