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Fecho dos mercados: Juros sobem a pique, banca valoriza e euro perde força após decisões do BCE

O BCE anunciou um prolongamento do programa de compras, mas vai reduzir o ritmo das compras mensais. O anúncio causou alta volatilidade no mercado. As taxas da dívida portuguesa são as mais afectadas. Mas as bolsas reagiram positivamente.

Reuters
08 de Dezembro de 2016 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,16% para 4.626,90 pontos

Stoxx 600 avançou 1,23% para 351,96 pontos

S&P 500 valoriza 0,07% para 2.243 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal sobe 23,3 pontos base para 3,746%

Euro desce 1,23% para 1,0621 dólares

Petróleo desce 0,84% para 50,50 dólares por barril, em Londres

Banca puxa pelas bolsas

As decisões do BCE criaram reacções contrárias nos mercados. Mas nas bolsas as medidas anunciadas por Draghi foram bem recebidas, em especial para o sector da banca. O Stoxx 600 valorizou 1,23% para 351,96 pontos. A banca foi o sector com melhor desempenho, com o índice das entidades financeiras europeias a avançar 2,32%. Os bancos italianos voltaram a estar entre as maiores subidas, após as notícias de que o governo está pronto para intervir no Monte dei Paschi.

Mas as subidas foram generalizadas, com todos os 19 índice sectoriais do Stoxx 600 a valorizarem. No PSI-20 o guião da sessão foi semelhante. O índice valorizou 1,16%, com o BCP a subir 7,17%. Além do BCP, houve mais seis cotadas que conseguiram uma subida de pelo menos 2% esta sessão. E apenas a EDP, as unidades de participação do Montepio e o BPI encerraram o dia com descidas ligeiras.

Taxas de juro disparam com moderação do BCE

Mario Draghi colocou os mercados à volta para perceberem se as medidas anunciadas pelo BCE esta quinta-feira são, na prática, um reforço ou uma diminuição dos estímulos. A autoridade monetária anunciou um prolongamento do programa alargado de compra de activos até Dezembro do próximo ano. Mas vai reduzir o ritmo das compras mensais em 20 mil milhões de euros.

No mercado de dívida soberana da Zona Euro aparenta não haver dúvidas nas interpretações. As taxas das obrigações sobem a pique. E Portugal não é excepção. A taxa a dez anos23,3 pontos base para 3,746%. É a maior subida desde o Brexit. As "yields" italianas e espanholas também se ressentiram. No caso de Itália, a taxa a dez anos escalou 11 pontos base para 1,997%. E a espanhola subiu 7,9 pontos base para 1,504%. A dívida alemã também seguiu esta tendência. Mas com um agravamento bem menor. A "yield" aumentou 3,6 pontos base para 0,382%.

A subida de maior dimensão dos juros portugueses levou o prémio de risco a aumentar para 336 pontos base.

Euribor a três meses com novo mínimo

A Euribor a três meses voltou a descer, enquanto os indexantes a seis e a 12 meses ficaram inalterados. A taxa a três meses baixou 0,2 pontos base para -0,318%, um novo mínimo histórico segundo dados da Lusa. Já a taxa a seis meses não sofreu alterações, permanecendo em -0,217%. Também a Euribor a 12 meses ficou inalterada em -0,078%.

Euro em montanha-russa

As medidas anunciadas pelo BCE levaram a um dia volátil para o euro. A moeda única chegou a disparar 1,13% para 1,0874 dólares logo após se ter conhecido a decisão da entidade liderada por Mario Draghi de baixar o ritmo de compras mensais a partir de Abril e de prolongar essas aquisições até Dezembro do próximo ano. Mas se os primeiros sinais foram de força do euro, rapidamente a moeda única perderia força. Segue a cair 1,23% contra a nota verde para 1,0621 dólares.

Petróleo de regresso aos ganhos

Após duas sessões de quedas, os preços do petróleo recuperam esta quinta-feira. O valor do barril de Brent sobe 1,11% para 53,59 dólares. E a cotação do West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, aumenta 1,33% para 50,43 dólares. Após o acordo alcançado entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na semana passada, o foco do mercado está agora sobre se haverá também acordo com países produtores fora do cartel, como a Rússia, para se juntarem a um corte coordenado da produção. A OPEP vai reunir com 14 países que não fazem parte da organização este fim-de-semana. E Bob Yawger, director da divisão de futuros da Mizuho, referiu à Bloomberg que "aparenta ser mais provável que haja um entendimento este fim-de-semana".

Ouro continua a perder brilho

O ouro continua a perder valor. O preço da onça de "troy" cai 0,26% para 1.170,90 dólares. Apesar de Maior Draghi ter anunciado um prolongamento no prazo do programa de compras, a redução do ritmo de compras mensais é vista pelos analistas como negativa para o ouro. "O BCE anunciou mais compras mas a mensagem mais restritiva é que irão reduzir o ritmo e isso tem impacto nos preços do ouro", disse Naeem Aslam, analista da Think Markets, citado pela Bloomberg.

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