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Dólar é o grande vencedor do ano no mercado cambial

A moeda americana ganhou em todas as frentes, num ano em que a Reserva Federal dos EUA concluiu o seu programa de compra de activos e abriu a porta para uma subida de juros no próximo ano.

31 de Dezembro de 2014 às 13:22
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2014 foi o ano do dólar. A moeda americana ganhou em todas as frentes, com os investidores a apostarem na "nota verde", perante a expectativa de retirada de estímulos e subida dos juros nos EUA. O dólar ganhou terreno face às principais moedas mundiais. Sobe 13% face ao euro.

 

A moeda americana garantiu uma evolução positiva em relação às principais moedas mundiais. O euro é um dos maiores perdedores. O dólar valorizou 13% face à moeda europeia, somou 13,5% face ao iene e 6,2% face à libra.

 

Num mundo a dois ritmos, em que os EUA lideram a recuperação e a Europa ainda luta para dar os primeiros passos rumo à retoma, a política monetária foi determinante para a evolução cambial. Enquanto o Banco Central Europeu colocou a sua taxa directora próxima de zero, em 0,05%, a Reserva Federal dos EUA está a preparar os mercados para a normalização das taxas de juro na maior economia do mundo.

 

O forte ritmo de crescimento da economia americana, associado à recuperação do mercado de trabalho no país, permitiram à presidente da Fed, Janet Yellen, concluir o programa de compra de activos iniciado no auge da crise financeira e assinalar uma mudança na política monetária dos EUA. Apesar da responsável pela autoridade monetária americana ter garantido que será "paciente" na subida de juros, numa tentativa de tranquilizar os mercados, é uma questão de tempo até o banco central dos EUA começar a subir juros no país.

 

Bazuca do BCE suporta subida do dólar

Já no resto do mundo, a questão é outra. Europa, Japão e China deverão continuar a adoptar medidas de estímulo e manter as taxas de juro em níveis historicamente baixos, para animar o ciclo económico nestas regiões. A deflação é outra das preocupações dos principais governadores mundiais, com os preços a continuarem pressionados, especialmente no Velho Continente.

 

No Velho Continente, o presidente do BCE, Mario Draghi, está comprometido em impedir um cenário deflacionista. Depois de ter baixado a taxa directora por duas vezes em 2014 e ter anunciado uma série de medidas para fazer obrigar os bancos a fazer chegar o crédito à economia, o BCE poderá recorrer à bazuca em 2015. A maioria dos especialistas acredita que a instituição vai aprovar a compra de dívida soberana já no primeiro trimestre do novo ano. Medidas que deverão manter a divisa europeia pressionada, face à moeda americana.

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