O Societe Generale elevou o preço-alvo das acções do Banco Espírito Santo de 0,94 euros para 1,31 euros, uma subida de 39% que ainda assim deixa a nova avaliação abaixo da cotação actual do banco (1,361 euros). A recomendação é de “manter”.

A revisão em alta do preço-alvo deve-se ao alargamento do horizonte temporal da análise em um ano e a descida do custo de capital de 11% para 9,5%, devido à descida dos juros da dívida pública portuguesa no último mês.

Na nota de “research”, a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento francês diz que “vê o BES como o [banco que] oferece a melhor exposição a uma recuperação de Portugal, devido à sua elevada exposição às pequenas e médias empresas”.

Ainda assim, enquanto a melhoria do balanço representa “boas notícias”, a “fraca visibilidade dos resultados e a situação de capital justifica o facto de permanecermos cautelosos nos fundamentais do banco”, adverte o Societe Generale.

Apesar de acreditar que o BES não necessitará de reforçar o capital, o Societe Generale reconhece o risco de a pressão do mercado ou do regulador forçar o BES a realizar um aumento de capital.

As estimativas do lucro por acção do BES em 2014 foram revistas em baixa de 6 cêntimos para 1,6 cêntimos, devido à margem financeira mais reduzida na actividade internacional e maiores provisões para fazer face às imparidades no crédito. O EPS estimado para 2015 é agora de 10 cêntimos.

As acções do BES fecharam a cair 1,95% para 1,361 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.