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Morgan Stanley: Impacto da taxa na energia “ligeiramente mais positivo” para a EDP do que o antecipado

A casa de investimento considera que o impacto das medidas anunciadas na energia não será tão elevado como o previsto inicialmente. Até porque há medidas que atenuam o encargo, como a redução da taxa de IRC.

17 de Outubro de 2013 às 17:41
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Na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2014, o Governo incluiu a criação de uma contribuição extraordinária a incidir sobre os operadores económicos do sector energético. A taxa desta contribuição sobre o sector energético será de 0,85%, sobre o activo fixo tangível e intangível.

 

As três empresas de energia cotadas, e que são as maiores do sector em Portugal, vão pagar mais de 70% para a contribuição extraordinária sobre o sector energético proposta no Orçamento do Estado para 2014. Tendo em conta as estimativas preliminares dadas pelas próprias empresas, EDP, Galp e REN poderão contribuir com 110 milhões de euros, estimando o Governo uma receita global de 150 milhões de euros.

 

A Morgan Stanley considera que as alterações legislativas e a nova taxa da energia “parecem ligeiramente mais positivas para a EDP e menos favoráveis para a REN”, isto apesar de faltarem conhecer alguns detalhes que serão determinantes para avaliar o real impacto nas empresas, adiantam os analistas.

 

A casa de investimento salienta, numa nota publicada esta quinta-feira, que o impacto para a EDP “parece ligeiramente mais positivo” do que o estimado anteriormente. Até porque, parte do encargo da eléctrica liderada por António Mexia será compensado pela redução da taxa de IRC para as empresas de 25% para 23%.

 

A Morgan Stanley sublinha que ainda “estão pendentes alguns detalhes”, mas a a estimativa da casa de investimento aponta para um “impacto negativo de 3% a 10% nos resultados” da EDP. O que compara com a actual previsão de -5%.

 

Mas há mais questões que condicionam a EDP. A casa de investimento salienta que o facto de se prever “um défice maior em 2014” deverá provocar “um sentimento negativo”, já que este contexto “pressiona a dívida da EDP e torna as condições macroeconómicas ainda mais importantes para a história da acção, uma vez que a EDP vai precisar de continuar a securitizar um grande montante” de défice tarifário.

 

A Morgan Stanley tem um preço-alvo de 3,10 euros para a EDP, com uma recomendação de “overweight”.

 

As acções da EDP fecharam a sessão a subir 1,34% para 2,647 euros.


Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro

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