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Medidas do OE podem cortar estimativas de lucros para a Galp em 9%

BPI e BESI analisam o impacto das medidas anunciadas no OE para a Galp. As previsões apontam para um impacto de 9% nos lucros estimados para o próximo ano.

Bloomberg
16 de Outubro de 2013 às 10:21
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O Governo entregou, esta terça-feira, a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2014. Entre as medidas anunciadas consta a contribuição sobre o sector energético, que se reflecte numa taxa de 0,85% sobre o activo fixo tangível e intangível das empresas do sector. A estimativa já avançada pela empresa aponta para um impacto de 35 milhões de euros, no próximo ano. E foi também anunciada a redução da taxa nominal de IRC em 2% para 23%.

 

O Espírito Santo Equity Research (BESI) considera que estas medidas são “negativas para a Galp da perspectiva do sentimento pois os investidores  podem questionar se este imposto especial poderia ser mais uma vez cobrado às empresas da energia”. Os analistas Filipe Rosa e Madalena Carmona e Costa adiantam que “este tipo de impostos ‘Robin Hood’ têm sido aplicados noutros países”, pelo que os investidores de energia não serão “completamente apanhados de surpresa”.

 

No que se refere ao impacto das medidas na avaliação, o BESI defende que é “imaterial” ao rondar os 0,3% da capitalização bolsista. O BESI avalia as acções da petrolífera em 16,5 euros e recomenda “comprar”. Já no que diz respeito aos resultados, os 35 milhões de euros de impacto previstos pela cotada representam 9% das previsões do banco para os lucros de 2014 e “isso pode ser considerado bastante material”.

 

Mas, a medida relativa à redução da taxa nominal de IRC em dois pontos percentuais “deve compensar em sete milhões de euros esta medida e, assim, o impacto geral do OE nos lucros da Galp em 2014 pode ser de uma quebra de 7%”.

 

Já o BPI advoga também que o impacto de 35 milhões de euros antecipado pela companhia representa 9% dos lucros estimados para o próximo ano e perto de 2,6% do EBITDA. Uma expectativa que assume que não haverá “dedução destes montantes, nem serão passados para os clientes, o que não final parece não ser fácil de prevenir”.

 

Quanto à avaliação, o impacto é “inexpressivo”, mas assumindo que se mantém pode cortar o preço-alvo do banco para a Galp em cerca de 2,8%. O “target” do BPI é de 18,45 euros, com uma recomendação de “forte compra”.

 

As acções seguem a desvalorizar 0,99% para os 12,545 euros.

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