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JPMorgan desce preço-alvo dos CTT para 9,50 euros

A inclusão do Banco CTT foi um dos factores que levou os analistas do banco norte-americano a reduzir as projecções para o EBITDA deste ano e o preço-alvo para as acções de 10,50 para 9,50 euros.

Bruno Simão/Negócios
22 de Março de 2016 às 11:34
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Os analistas do JPMorgan reduziram as projecções para o EBITDA dos CTT, cortaram o preço-alvo para as acções de 10,50 para 9,50 euros e mantiveram a recomendação de "overweight".

 

"Vemos a recente recuperação na avaliação dos CTT inteiramente justificada à luz da melhoria da confiança na trajectória dos dividendos devido a uma subida modesta nos resultados do quarto trimestre", refere o banco norte-americano. "Isto segue-se a um período de incerteza depois dos resultados do terceiro trimestre terem falhado as estimativas".

 

Na nota de research divulgada esta terça-feira, 22 de Março, os peritos do JPMorgan acrescentam que a "valorização foi ainda pressionada pelos elevados rendimentos das obrigações portuguesas que se distanciaram da média europeia".

 

Estes factores, aliados à inclusão do Banco CTT, levaram os analistas a reduzirem as projecções para o EBITDA deste ano de 155 para 142 milhões de euros, e o preço-alvo para 9,50 euros.

 

Ainda assim, esta avaliação atribui um potencial de subida de 10,7% aos títulos da empresa de correios, tendo em conta a sua cotação actual (8,5790 euros).

 

Na passada terça-feira, os CTT anunciaram que o seu resultado líquido caiu 6,6% em 2015 para 72,1 milhões de euros, penalizado por gastos não recorrentes de 9,8 milhões, dos quais 6,4 milhões relacionados com o Banco CTT.

O recuo dos lucros da instituição liderada por Francisco Lacerda ficou ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas, que apontavam para uma descida de 7% dos lucros.

 

Analistas aplaudem crescimento da venda de certificados

 

Segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal esta segunda-feira, o "stock" de Certificados do Tesouro Poupança Mais e de certificados de aforro aumentou 612 milhões de euros desde o início do ano até ao final de Fevereiro. Uma evolução que o Haitong considera "positiva".

 

"Notamos que, só nos primeiros dois meses do ano, a emissão foi superior ao do último trimestre de 2015", sublinham os analistas do Haitong. "Isto significa que, no trimestre, a actividade de poupança e seguros (a área mais importante da divisão de serviços financeiros) irá registar um aumento significativo".

 

No mesmo sentido, o CaixaBI salienta que são "notícias positivas" para o segmento de serviços financeiros dos CTT, "que deverá continuar a ser suportado pela resiliência dos produtos de poupança e seguros". 

As acções dos CTT descem 0,83% para 8,5790 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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