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Goldman Sachs identifica "commodity" tão precária como o petróleo em 2021

Os analistas do banco de investimento norte-americano apontam para o petróleo e o gado como duas "commodities" a ter em atenção no próximo ano.

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13 de Maio de 2020 às 13:22
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Os analistas do Goldman Sachs apontaram para o setor da pecuária e do petróleo como duas "commodities" a ter debaixo de olho no próximo ano, uma vez que podem gerar alguma preocupação entre os investidores devido ao impacto da atual pandemia, segundo uma nota divulgada pela CNBC. 

As medidas de confinamento levadas a cabo pelos governos de todo o mundo para conter o contágio da covid-19 resultaram num choque na procura por petróleo, sem paralelo na história, o que fez com que o preço do crude dos Estados Unidos afundasse para níveis negativos pela primeira vez, no mês passado. 

"Os investidores não querem ouvir sequer falar de petróleo. Foram derrubados pelo seu desempenho e vão demorar algum tempo para voltarem a olhar para ele", segundo Jeff Currie, analista-chefe de "commodities" do Goldman Sachs.

Para além do impacto no mercado petrolífero, o novo coronavírus teve repercussões também na indústria alimentar, com os agricultores a enfrentar um grande desafio pela frente. 

Currie aponta que os dois setores "têm algo em comum: se tu afetas a oferta, levam muito tempo a regressar ao mesmo nível outra vez". 

As medidas de confinamento foram implementadas em 187 países nas últimas semanas ou meses, num esforço para deter o coronavírus. Contudo, as restrições obrigaram os restaurantes e mercados a fecharem portas ou a abrandarem a sua atividade. Esta queda obrigou muitos agricultores dos Estados Unidos a deixar estragar muita fruta e vegetais frescos, por exemplo, resultando em altos prejuízos. 

Agora, existem receios de que a indústria não consiga repor os níveis de produção anteriores e que não responda à procura por carne de porco, de vaca ou de frango. Ao mesmo tempo, as ações solidárias dos bancos alimentares em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, viram os pedidos de ajuda disparar e o número de risco de fome entre crianças pode atingir os 18 milhões na maior economia do mundo. O número mais alto de sempre até ao momento foi de 17,2 milhões em 2009.

Já no mês passado, os analista do Bank of America tinham alertado para a escassez de produção de carne nos Estados Unidos, num futuro próximo, para colmatar os prejuízos provocados pela atual pandemia. 

Atualmente os Estados Unidos estão a comprar cerca de 3 mil milhões de dólares de produtos agrícolas do país, inserido no programa de apoio USDA ("Farmers to Families Food Box") que tem um valor total de 19 mil milhões de dólares. 
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