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CaixaBI: Resultados do BCP com "tendências positivas nas principais variáveis"  

As acções do BCP evoluem em terreno negativo depois do banco ter anunciado que fechou o primeiro semestre com resultados líquidos de 89,9 milhões de euros.

Bruno Simão
28 de Julho de 2017 às 09:38
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O Banco Comercial Português anunciou após o fecho da sessão de quinta-feira que fechou o primeiro semestre com um resultado líquido de 89,9 milhões de euros, que compara com prejuízos de 197,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2016.

 

Os lucros ficaram acima das estimativas dos analistas do CaixaBI (73 milhões de euros), que esta manhã avança com comentários positivos aos números apresentados pelo banco, realçando as "tendências positivas nas principais variáveis".

 

"Ainda que continuando a apresentar um baixo nível de rentabilidade é nosso entendimento que o BCP divulgou um conjunto de resultados positivo", refere o analista André Rodrigues, assinalando que "a evolução recorrente das principais variáveis manteve-se positiva", sendo que a "dinâmica foi visível no crescimento das principais linhas de receitas", como a margem financeira e comissões, na estabilização do custo do risco de crédito e na redução significativa do stock de activos problemáticos ("NPE").

 

A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) do BCP foi de 3,3% no primeiro semestre e stock de "non performing exposures" baixou 720 milhões de euros para 7,8 mil milhões de euros.

 

O CaixaBI assinala que o BCP está mais perto de cumprir a meta de reduzir os NPE (indicador que junta os crédito mal parados – NPL - a outros activos problemáticos) em mil milhões de euros até final do ano, altura em que o indicador deverá situar-se nos 7,5 mil milhões de euros.

 

As imparidades de crédito afundaram 50,7% no primeiro semestre do ano para 305 milhões de euros. Segundo o BCP, o número reflecte "uma tendência no sentido da normalização do custo de risco na actividade em Portugal, que favoreceu a melhoria do custo do risco do grupo, de 234 pontos base no primeiro semestre de 2016 para 118 pontos base em igual período de 2017".

 

No que diz respeito ao crédito mal parado, o André Rodrigues destaca ainda outra evolução positiva, já que o incumprimento superior a 90 dias totalizou "apenas" 37 milhões de euros, valor que compara com 392 milhões de euros no primeiro semestre de 2016 e 477 milhões de euros no mesmo período de 2015.

 

Apesar desta evolução positiva nos resultados, as acções do BCP estão a reagir de forma desfavorável, com uma queda de 3,95% para 24,29 cêntimos.

 

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o CEO do BCP revelou que o banco português foi um dos três bancos que passou à segunda fase do processo de venda dos activos do Deutsche Bank na Polónia.

 

Nuno Amado revelou também que o BCP "não esquece o compromisso" que tem com os trabalhadores de devolver as perdas que os quadros sofreram devido aos cortes salariais que vigoraram no banco entre 2014 e o final de Junho último.   

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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