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Deutsche Bank desce preço-alvo do BCP mas mantém-no na lista de preferidos
O banco alemão atribui um potencial de subida de 37,8% ao BCP, o mais elevado entre as instituições financeiras da Península Ibérica seguidas pelo Deutsche Bank.
O Deutsche Bank reviu em baixa o preço-alvo atribuído às acções do BCP, mas manteve o banco português na lista de preferidos do sector, na Península Ibérica.
Numa nota de análise divulgada esta quinta-feira, 10 de Agosto, o banco alemão corta o "target" do BCP em 3%, de 33 para 32 cêntimos, o que traduz um potencial de valorização de 37,8% face à cotação actual (23,22 cêntimos).
É o potencial de subida mais elevado entre os bancos ibéricos seguidos pelo Deutsche Bank, que destaca esse facto para justificar a manutenção da recomendação de "comprar".
"Mantemos a recomendação de ‘comprar’ para o BCP, já que é o banco na Península Ibérica com maior potencial de subida, entre aqueles que seguimos. Acreditamos que o ‘investment case’ do banco permanece intacto e é suportado por uma forte redução da exposição ao crédito malparado, validada nos resultados do segundo trimestre", afirmam os analistas na nota de research.
Ainda assim, o Deutsche Bank cortou as estimativas de lucros para o BCP até 2019. O banco alemão acredita que a instituição liderada por Nuno Amado vai fechar 2017 com lucros de 188 milhões de euros, um valor inferior à anterior previsão de 192 milhões. Isto depois de o BCP ter registado um resultado líquido de 89,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que compara com o prejuízo de 197,3 milhões no mesmo período do ano passado.
Para 2018 as projecções foram reduzidas de 443 para 418 milhões de euros e, para 2019, de 594 para 562 milhões.
Os analistas sinalizam que existem riscos negativos para o banco português, incluindo a deterioração económica nos principais mercados onde o BCP está presente (Moçambique, Polónia e Portugal), a descida continuada das taxas Euribor e a possibilidade de a redução da exposição ao crédito malparado não corresponder às expectativas.
Além do BCP, também o Santander faz parte da lista de preferidas do Deutsche Bank, que é a encabeçada pelo CaixaBank, a "top pick".
O banco alemão continua a ver potencial de melhoria no CaixaBank decorrente do BPI, tanto ao nível das receitas como dos custos.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.