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CaixaBI: Lucros do BCP terão caído quase 14% para 40,3 milhões
A unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos estima que o BCP tenha registado um resultado líquido de 40,3 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa uma quebra de 13,7% face ao mesmo período do ano passado.
O CaixaBI, unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos, estima que os lucros do Banco Comercial Português (BCP) tenham atingido os 40,3 milhões de euros de Janeiro a Março de 2017. Este valor estimado reflecte uma queda de 13,7% face aos primeiros três meses do ano passado, de acordo com uma nota de "research" a que o Negócios teve acesso.
O resultado líquido antecipado para o primeiro trimestre representa uma quebra de 85,4% face ao quarto trimestre de 2016, período em que instituição registou um resultado líquido de 275 milhões de euros.
O analista André Rodrigues, que assina a nota, aponta que a margem financeira do banco deve ter registado um crescimento de 14% em relação ao primeiro trimestre de 2016 para 333,4 milhões de euros (e uma subida de 3,2% face ao trimestre anterior) "mantendo a tendência subjacente dos trimestres anteriores". "Neste trimestre, o BCP vai beneficiar do reembolso de 700 milhões de em CoCos ao Estado português (concluído em Fevereiro de 2017)", pode ler-se na nota.
Os custos operacionais devem subir 0,6% face ao primeiro trimestre do ano passado para 244,5 milhões de euros.
Em jeito de conclusão, o CaixaBI sustenta que "a tendência positiva subjacente das principais variáveis (nomeadamente a margem financeira) deve continuar a ser visível no primeiro trimestre de 2017 (incluindo também o reembolso de 700 milhões de euros em CoCos concluído em Fevereiro)".
O banco de investimento considera que "as dinâmicas positivas para as receitas esperadas", com o pré-provisionamento de resultados e uma redução gradual dos custos de crédito vão "ser o factor essencial para as acções".
O BCP apresenta os seus números trimestrais no próximo dia 8 de Maio. O CaixaBI tem um preço-alvo de 25 cêntimos para as acções do banco liderado por Nuno Amado, acima da cotação de fecho de hoje (21,37 cêntimos).
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.