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Nuno Amado: BCP ainda tem crédito em risco elevado mas continuará a melhorar rácios

O presidente executivo do BCP reconheceu esta quarta-feira que o banco ainda tem um nível de crédito em risco "demasiado elevado", mas destacou que a instituição vai continuar a melhorar os rácios de cobertura na actual velocidade que considera ser a adequada.

Miguel Baltazar
19 de Abril de 2017 às 12:34
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"Temos ainda um nível de crédito em risco demasiado elevado, mas a diminuição que temos feito ano após ano, a melhoria dos rácios de cobertura que temos feito ano após ano tem sido muito relevante", disse Nuno Amado, à margem da Conferência de Lançamento 'Prémios Millennium Horizontes, em Lisboa.

O presidente executivo do BCP afirmou que esta tendência é para continuar este ano, sublinhando que o banco está a reduzir o nível de crédito em risco e a aumentar o rácio de cobertura na "velocidade certa".

"Não é saudável haver um aumento da velocidade para lá daquela que já existe e que é grande - mais de um bilião de euros por ano - porque isso colocaria o risco de haver alguma destruição de capital e capital é algo essencial", frisou o gestor.

Nuno Amado justificou que "não há um efeito claro de haver mais crédito em risco nas dificuldades de financiamento", até porque, na sua opinião, "não há dificuldades de financiamento à economia neste momento".

"Hoje em dia não há um problema de financiamento ao crescimento, o que havia até agora era a falta de confiança dos empresários e de falta de procura", disse.

O gestor falou ainda sobre a situação do BCP, afirmando que o banco "teve um período muito difícil, está num período que é exigente", mas destacou que "hoje está muito melhor preparado do que estava", encontrando-se, actualmente, numa fase de consolidação e de crescimento, também ao nível dos resultados.

"Somos um banco de base portuguesa, com um conjunto de accionistas diversificados e não o são só nas qualidades, mas também nas suas origens. Estamos bem preparados para apoiar as empresas portuguesas no seu ciclo, espero, de crescimento", afirmou.

Nuno Amado frisou que o BCP "é uma entidade diferente das outras que existem no mercado português", o que considera positivo para o próprio banco, mas também para os concorrentes.

"Temos um parceiro que entrou numa altura importante, a Fosun, accionista chinês que terá 25 a 30% do capital do banco, temos uma base de accionistas portugueses, particulares e institucionais, à volta de 30%, temos a Sonangol, parceiro de sempre que terá 15%, e depois temos investidores institucionais entre os 20 e os 30%", disse.
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