Notícia
Amado quer entidades ligadas ao BES a assumir custos com Novo Banco
"E a do Novo Banco é uma realidade muito particular, muito especial, que não se pode expandir para o resto do sector", frisou o líder do BCP.
19 de Abril de 2017 às 13:02
O presidente do BCP considerou hoje não fazer sentido que accionistas de outros bancos suportem custos do Novo Banco, sem que entidades ligadas ao BES o façam, quando questionado sobre a actual negociação com obrigacionistas do banco.
"Não tenho informação sobre o processo do Novo Banco, mas não faz sentido os accionistas dos outros bancos suportarem custos sem que as entidades que estavam à volta do BES tenham também algum suporte", disse Nuno Amado, quando questionado sobre a negociação que está em curso com os obrigacionistas do Novo Banco para a transformação da dívida e sobre a possibilidade desta situação por em causa a confiança de investidores.
Nuno Amado disse ainda que "cada instituição é uma instituição" e que "não há um sistema financeiro, há diversos bancos com diversas realidades".
"E a do Novo Banco é uma realidade muito particular, muito especial, que não se pode expandir para o resto do sector", frisou, sustentando ainda que nos últimos meses a situação teve uma evolução positiva, dando como exemplos a recapitalização do próprio BCP, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e a evolução do BPI.
O negócio de venda do Novo Banco à Lone Star prevê a alienação de 75% do banco ao fundo norte-americano, ficando o Fundo de Resolução com 25% (posição que poderá alienar a qualquer momento a um privado).
Contudo, a concretização do negócio ainda está a sujeita a três condições.
Uma delas passa por uma troca de obrigações com vista a melhorar o capital do Novo Banco em 500 milhões de euros, o que implicará penalizações para os seus detentores.
É esperado que seja brevemente apresentada a oferta de troca de obrigações aos seus detentores - sejam clientes institucionais ou de retalho -, desconhecendo-se ainda pormenores da operação.
Por exemplo, poderá ser proposto um corte de juros ou aumento de maturidades dos títulos ou até uma solução que implique as duas modalidades. Também poderá ser proposto uma alteração no preço da obrigação.
Os obrigacionistas serão confrontados com o dilema de, caso não aceitem a solução proposta, o Novo Banco poder ser liquidado, com implicações também para os seus investimentos.
Para já, com o contrato de promessa de compra e venda que foi assinado foi conseguido que desaparecesse o prazo de 2 de Agosto de 2017 para o banco ser vendido ou liquidado, existindo o prazo indicativo da venda ser concretizada até ao final do ano, que pode ser dilatado.
"Não tenho informação sobre o processo do Novo Banco, mas não faz sentido os accionistas dos outros bancos suportarem custos sem que as entidades que estavam à volta do BES tenham também algum suporte", disse Nuno Amado, quando questionado sobre a negociação que está em curso com os obrigacionistas do Novo Banco para a transformação da dívida e sobre a possibilidade desta situação por em causa a confiança de investidores.
"E a do Novo Banco é uma realidade muito particular, muito especial, que não se pode expandir para o resto do sector", frisou, sustentando ainda que nos últimos meses a situação teve uma evolução positiva, dando como exemplos a recapitalização do próprio BCP, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e a evolução do BPI.
O negócio de venda do Novo Banco à Lone Star prevê a alienação de 75% do banco ao fundo norte-americano, ficando o Fundo de Resolução com 25% (posição que poderá alienar a qualquer momento a um privado).
Contudo, a concretização do negócio ainda está a sujeita a três condições.
Uma delas passa por uma troca de obrigações com vista a melhorar o capital do Novo Banco em 500 milhões de euros, o que implicará penalizações para os seus detentores.
É esperado que seja brevemente apresentada a oferta de troca de obrigações aos seus detentores - sejam clientes institucionais ou de retalho -, desconhecendo-se ainda pormenores da operação.
Por exemplo, poderá ser proposto um corte de juros ou aumento de maturidades dos títulos ou até uma solução que implique as duas modalidades. Também poderá ser proposto uma alteração no preço da obrigação.
Os obrigacionistas serão confrontados com o dilema de, caso não aceitem a solução proposta, o Novo Banco poder ser liquidado, com implicações também para os seus investimentos.
Para já, com o contrato de promessa de compra e venda que foi assinado foi conseguido que desaparecesse o prazo de 2 de Agosto de 2017 para o banco ser vendido ou liquidado, existindo o prazo indicativo da venda ser concretizada até ao final do ano, que pode ser dilatado.