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CaixaBank BPI: Mota-Engil é "boa oportunidade" para quem quer exposição a emergentes

A construtora Mota-Engil mostra-se promissora tendo em conta os projetos que tem assegurados nos países emergentes, considera o CaixaBank BPI. Estes analistas prevêem ainda um payout de 60% para o anunciado dividendo.

Bruno Simão/Negócios
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No dia em que a Mota-Engil apresentou receitas recorde e lucros doze vezes superiores aos do ano anterior, o Caixabank BPI refere-se à empresa como uma boa oportunidade de investimento, sublinhando as perspetivas em termos de dinheiro em caixa.  

 

"Vemos a Mota-Engil como uma boa oportunidade de investimento para aqueles que procuram uma exposição única aos mercados emergentes", escrevem os analistas do BPI, antes de realçarem que a América Latina e África contribuem com 82% do EBITDA do ano passado.

 

A sustentar o caráter "único" que vê nos títulos da construtora, a mesma casa de investimento aponta para a carteira de encomendas, que está em máximos históricos, combinada com uma avaliação "relativamente reduzida". Para os analistas, tanto a carteira de investimento como os investimentos deverão permitir "um salto significativo em termos de geração de dinheiro em caixa (cash flow)".

 

A Mota-Engil fechou 2018 com uma carteira de encomendas de 5,5 mil milhões de euros, valor que a companhia diz ser o mais elevado de sempre e o qual prevê que se fixe acima da fasquia dos 5 mil milhões em 2019.

 

No que toca aos lucros, a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) fechou 2018 com um resultado líquido de 24 milhões de euros, que comparam aos 2 milhões de euros alcançados no ano anterior. A melhoria é justificada pelo responsável com a evolução positiva conseguida em todas as geografias, o que levou as receitas a subirem 8% para um valor recorde de 2.818 milhões de euros.

 

O CaixaBank BPI assinala que a empresa de construção superou as expectativas em quase todos os territórios, com destaque para a América e África. Os motivos para desapontamento concentraram-se na Europa, com o EBITDA a ficar aquém do esperado.


A cotada liderada por Gonçalo Moura Martins anunciou ainda que, tendo em conta os resultados positivos, iria voltar a pagar dividendos aos acionistas. Os resultados de 2017 levaram a Mota-Engil a não pagar dividendos no ano passado, o que não acontecia há mais de 20 anos. Face à promessa da Mota-Engil de retomar o pagamento "em linha com a política de ‘payout’ de 50% a 75%", o Caixabank BPI conta com uma remuneração de 60%.

 

Os títulos da Mota-Engil seguem a valorizar 4,71% para 2,11 euros, mas já tocaram nos 2,16 euros durante a sessão, após uma subida de 7,20%, que elevaram a cotada a um máximo de 28 de setembro. A recomendação da casa de investimento do BPI mantém-se de compra e o preço alvo também não se alterou: está nos 3,10 euros, conferindo um potencial de valorização de 54%. Ao longo do ano de 2018 a Mota-Engil perdeu mais de metade do valor bolsista – 56,05% - mas 2019 está a ser um ano de recuperação, com a construtora a registar, até agora, um saldo positivo de 28,88%.

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