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BPI: Dividendo extraordinário pode apimentar atractividade da Jerónimo Martins

Os analistas do BPI admitem que a retalhista dona do Pingo Doce pode entregar aos accionistas a totalidade dos lucros obtidos este ano.

Alexandre Soares dos Santos, presidente da sociedade que controla a Jerónimo Martins, quer “nos próximos dois a três anos expandir para outros mercados”, além da Polónia e Colômbia.
Ricardo Castelo
03 de Novembro de 2017 às 10:15
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Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, admitiu em entrevista à Bloomberg que a empresa poderá avançar com o pagamento de um dividendo extraordinário, relativo aos resultados deste ano.

 

Numa de "research" publicada esta sexta-feira, 3 de Novembro, os analistas do BPI salientam que "um dividendo especial pode apimentar a atractividade pela acção".

 

As estimativas do BPI, que o banco já tinha assumido na avaliação à cotada, apontam para que a Jerónimo Martins possa em 2018 entregar aos accionistas 100% dos resultados líquidos, o que representa um "dividend yield" de 4,1% e compara com o consenso do mercado de 2,7%. A política de dividendos da Jerónimo Martins assume um payout de 50% (distribuir metade dos lucros aos accionistas).

 

Este ano a Jerónimo Martins pagou um dividendo regular de 60,5 cêntimos por acção, referentes ao exercício de 2016.

 

Na entrevista à Bloomberg, Pedro Soares dos Santos adiantou ainda que o grupo está "muito atento" a novas oportunidade, incluindo aquisições, na Colômbia, mercado onde está presente através da insígnia Ara, e onde prevê investir, no próximo ano, cerca de 200 milhões de euros para expandir a rede de lojas.

 

O BPI considera que a estratégia de crescer por aquisições na Colômbia será "bem recebida pelo mercado, sendo que o foco nas vendas na Polónia parece ser a melhor forma de protecção contra os principais concorrentes".

 

No que diz respeito à entrada em novos mercados, os analistas do BPI alertam que tal poderá criar "alguma pressão de curto prazo, dado que os lucros por acção deverão diminuir para acomodar os custos do arranque da nova operação".

 

O BPI tem um preço-alvo de 18,10 euros para a Jerónimo Martins, com uma recomendação de neutral. As acções da retalhista sobem 0,95% para 16 euros, sendo das poucas cotadas do PSI-20 a evoluir em terreno positivo.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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