O BPI elevou o preço-alvo das acções da Sonae SGPS em 10%, de 1,15 euros para 1,25 euros, tendo reiterado a recomendação de "comprar" para a cotada liderada por Paulo Azevedo.

Numa nota de research com data de 26 de Abril, a que o Negócios teve acesso, o BPI justifica a melhoria da avaliação com a perspectiva mais positiva para a economia portuguesa.

"Os dados recentes sobre a economia portuguesa levaram-nos a ficar mais confiantes para as cotadas domésticas, como é o caso da Sonae", uma empresa que está "altamente exposta ao país", onde obtém 90% das receitas, bem como ao "sentimento positivo dos consumidores".   

As perspectivas dos economistas apontam para que o PIB de Portugal tenha crescido mais de 2% no primeiro trimestre deste ano e ainda esta quinta-feira o INE anunciou que a confiança dos consumidores atingiu o nível mais elevado em 20 anos.

O BPI assinala que esta evolução positiva na confiança dos consumidores, bem como nas actividades de turismo e imobiliário, "devem continuar a beneficiar os resultados e a avaliação" da Sonae.

Além destes desenvolvimentos positivos, o BPI destaca ainda que a Sonae assinou recentemente um memorando de entendimento para a divisão de artigos desportivos que "terá um impacto de 8% nos lucros" e as perspectivas para a divisão de retalho alimentar, que representam 69 das receitas, "estão em alta".     

O BPI assinala ainda que a aposta da Sonae no retalho de proximidade tem resultado em taxas de crescimento mais elevadas e que a entrada da Mercadona em Portugal deverá ser "particularmente relevante para a Sonae", embora não represente uma disrupção no mercado.

O banco de investimento refere que as acções da Sonae têm "reagido bem" às melhorias que a Sonae tem apresentado nos resultados e movimentos de reestruturação, o que tem compensado o crescente sentimento negativo relacionado com a Nos.

As acções da Sonae SGPS sobem 0,97% para 0,935 euros.     


Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.