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As três preocupações do Deutsche Bank para as acções europeias

Entre quatro indicadores-chave para as bolsas europeias, o banco alemão alerta que três indicam sinais de cautela. E recomendam aguardar por um melhor ponto de entrada mais para o final do primeiro semestre.

reuters
20 de Fevereiro de 2017 às 13:00
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Dados macroeconómicos, rácios de avaliação das acções, sentimento dos investidores e a evolução dos resultados das cotadas. São os quatro indicadores que o Deutsche Bank identifica como os mais importantes para a evolução dos mercados europeus no curto prazo. E a maioria destes indicadores indiciam que o melhor é ter uma abordagem cautelosa.

Do lado da evolução dos dados macroeconómicos, os analistas do Deutsche Bank até salientam que a recuperação nos últimos seis meses "foi o principal factor das subidas das bolsas e das taxas de juro nos últimos seis meses", refere o banco alemão numa nota divulgada no final da semana passada.

Mas o banco alemão salienta que os índices que medem o grau de surpresas económicas estão em níveis historicamente elevados, o que torna provável que esse efeito perca força como motor para os mercados. "Nas últimas cinco vezes em que subiram no passado para os níveis que registam actualmente, perdeu força nos meses seguintes. E isso seria consistente com uma correcção de 5% nas acções globais".

Também os rácios de avaliação das acções europeias indicam para uma correcção nas bolsas. "O nosso modelo do rácio preço/lucros [P/E] é de 15 vezes, o que é cerca de 5% acima do valor justo", nota o Deutsche Bank. Os analistas do banco dizem que "dada a recente subida do índice de incerteza macroeconómica nos EUA e a subida das taxas de juro reais das obrigações na Zona Euro", o P/E justo para as acções europeias seria de 14,2 vezes.

Outro indicador que deixa o Deutsche Bank com um pé atrás para as acções europeias é o sentimento dos investidores. "É optimista, sugerindo que muitas das bolsas notícias já foram incorporadas pelo mercado", consideram os analistas. E referem que o indicador que desenvolveram para medir a exuberância dos investidores na Europa está em níveis historicamente elevados.

Resultados das empresas são o factor positivo

Apesar daqueles três sinais darem sinais de cautela, há um outro indicador que joga a favor das acções europeias. "A época de apresentação de resultados do quarto trimestre tem sido forte: com cerca de 50% das empresas a já terem reportado os resultados, o crescimento homólogo é de 16%". O consenso do mercado apontava para uma subida de 7%.

Ainda assim, apesar da época de apresentação de resultados positiva, o Deutsche Bank "vê espaço para um período de consolidação [nas bolsas europeias] no curto prazo, antes de uma normalização do momento macroeconómico e um cenário mais equilibrado no sentimento dos investidores oferecer um melhor ponto de entrada mais no final do primeiro semestre".

O Deutsche Bank prevê que o índice europeu Stoxx 600 chegue ao final do ano em 375 pontos, 1,29% acima do valor de fecho da passada sexta-feira.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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