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Europa arranca no verde com perspetivas de revitalização da economia chinesa

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Sérgio Lemos
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10h02

Europa arranca no verde com perspetivas de revitalização da economia chinesa

As bolsas europeias arrancaram a sessão desta terça-feira em terreno positivo, impulsionadas pelas medidas anunciadas pelo banco central chinês para revitalizar a segunda maior economia mundial.

O Stoxx 600, "benchmark" para a região, valoriza 0,83% esta manhã para 520,63 pontos, estendendo os ganhos da sessão anterior. Os setores com uma forte exposição à economia chinesa são os que mais valorizam a esta hora, com o setor mineiro a liderar os ganhos e a crescer 4,54%. Este grupo está a ser impulsionado pelos preços do cobre que atingiram máximos de dois meses, à boleia do pacote de estímulos à economia chinesa.

Em contraciclo, o setor imobiliário é o que mais perde, pressionado pela consolidação das expectativas em relação a novos cortes nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Devido à grande exposição à economia chinesa, as empresas do setor de luxo estão a registar grandes valorizações esta manhã. A LVHM, dona de marcas como a Louis Vuitton e a Christian Dior, encontra-se a disparar 4,47% para 621,70 euros, enquanto a Hermès escala 4,57% para 2.023 euros.

Já as ações do Commerzbank e do UniCredit encontram-se a recuperar algum do terreno perdido na sessão de segunda-feira, depois da instituição financeira italiana ter adquirido uma posição de cerca de 21% no banco alemão – que ainda aguarda "luz verde" do BCE, mas que já recebeu críticas por parte do governo de Olaf Scholz. O Commerzbank avança 1,72% para 15,04 euros, enquanto o UniCredit recupera 1,62% para 37,33 euros.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,90%, o britânico FTSE 100 sobe 0,59% e o espanhol IBEX 35 avança 0,43%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,55%, enquanto o italiano FTSEMIB avança 0,72%. No entanto, o maior crescimento é mesmo registado pelo francês CAC-40, que cresce 1,64%.

09h34

Juros agravam-se na Zona Euro. França regista maior subida

Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu encontram-se a agravar esta terça-feira em toda a linha, depois de terem registado uma sessão de alívio na segunda. A França regista a maior subida entre os países da Zona Euro.

A rendibilidade da dívida francesa avança 3,2 pontos base para 2,966%, enquanto os juros das "bunds" alemãs sobem 3 pontos base para 2,184%. 

A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, crescem 2,3 pontos base, para 2,727%, enquanto a rendibilidade da dívida italiana avançam 2,4 pontos para 3,528%. Já em Espanha, os juros da dívida soberana agravam 2,8 pontos base para 2,975%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 4,4 pontos base para 3,965%.

09h33

Euro recupera terreno. Dólar australiano atinge máximos de 2024

O euro encontra-se a recuperar algum do terreno perdido face ao dólar, depois de ter registado uma queda de 0,5% na segunda-feira, pressionado por dados económicos despontantes para a economia europeia.

A atividade empresarial na Zona Euro contraiu de forma inesperada em setembro, com o setor dos serviços a estagnar e a indústria transformadora a continuar a sua trajetória de declínio. A Alemanha foi a principal responsável por esta queda no índice dos gestores de compras (PMI), enquanto a França voltou à contração económica em setembro, depois de ter recebido um impulso dos Jogos Olímpicos no mês anterior.

O euro corrige 0,23% para 1,1137 dólares, numa altura em que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana em relação a um conjunto das suas principais rivais – encontra-se inalterado.

A moeda dos EUA está a negociar em alta em relação ao iene, depois do presidente do Banco do Japão ter reiterado que a autoridade monetária nipónica "tem tempo" para escrutinar a evolução económica do país, antes de voltar a subir os juros. O dólar avança, a esta hora, 0,57% para 144,43 ienes.

Por sua vez, o dólar australiano atingiu máximos de 2024, depois do banco central do país ter mantido as taxas de juro elevadas e ter demonstrado pouca vontade de flexibilizar a política monetária. A divisa australiana chegou a atingir os 0,68695 dólares – o valor mais elevado desde 28 de dezembro de 2023.

09h07

E vai mais um: ouro volta a atingir máximos históricos com flexibilização da política monetária

O ouro voltou a atingir máximos históricos, numa altura em que vários dirigentes da Reserva Federal (Fed) norte-americana têm deixado a porta aberta para um novo corte de grande magnitude até ao final do ano.

O metal dourado chegou a crescer 0,3% esta madrugada e acabou por tocar numa valorização recorde de 2.636,16 dólares por onça. Entretanto, o ouro inverteu a tendência positiva e encontra-se, a esta hora, a cair 0,03% para 2.627,92 dólares.

O governador da Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou esta segunda-feira que, com a inflação a aproximar-se da meta dos 2% definida pelo banco central, o foco da autoridade monetária deve ser o mercado laboral – e isso "significa, em princípio, muito mais cortes no próximo ano". Esta posição foi corroborada pelo governador da Fed de Minneapolis, enquanto o governador de Atlanta adotou uma narrativa mais moderada.

O mercado está a apostar num corte de 75 pontos base nas taxas de juro até ao final do ano – o que sugere um novo alívio de 50 pontos numa das duas reuniões que restam até 2024 acabar. O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros.

08h05

Guerra entre Israel e Líbano leva petróleo a valorizar

O crescimento da procura mundial de petróleo deverá desacelerar. Ainda assim, há quem conside robusto o atual nível de consumo.

As tensões no Médio Oriente continuam a dar ímpeto aos preços do petróleo. O conflito entre Israel e a organização política e paramilitar libanesa Hezbollah agravou-se na segunda-feira e já se contabilizam quase 500 mortes.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,25% para 71,25 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,08% para 74,70 dólares.

Os preços do petróleo estão ainda a ser impulsionados pelo pacote de estímulos anunciado para revitalizar a economia chinesa. O país é o maior importador desta matéria-prima no mundo e, nos últimos meses, tem-se assistido a uma queda da procura de crude na China, o que, por sua vez, tem pressionado os preços do petróleo no mercado internacional. Só no terceiro trimestre de 2024, o chamado "ouro negro" já desvalorizou cerca de 14%. 

Os investidores esperam, agora, que estas medidas estimulem o crescimento da economia chinesa e a procura por fontes de energia, numa altura em que as perspetivas de um alívio das restrições à produção de crude por parte da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aliados continua a pesar sobre o sentimento do mercado.

07h51

Estímulos económicos na China conduzem Ásia e Europa para o verde

O pacote de medidas para estimular a economia chinesa, anunciado pelo banco central do país, animou os investidores e conduziu a Ásia a encerrar a sessão desta terça-feira em terreno positivo. O índice MSCI Asia Pacific, referência para a região, registou ganhos pelo quarto dia consecutivo, com as ações chinesas a serem as principais impulsionadoras.

O Hang Seng, de Hong Kong, disparou quase 4% esta terça-feira, enquanto o Shanghai Composite valorizou 3,6%. O banco central chinês anunciou que vai reduzir o rácio de reservas obrigatórias "em breve" em 0,5%, de forma a fornecer aos mercados financeiros uma injeção de liquidez a longo prazo em 800 mil milhões de yuans (128 milhões de euros).

As autoridades chinesas anunciaram ainda um corte em taxas de juro de curto prazo, com o objetivo de tornar os empréstimos mais baratos para os cidadãos do país, uma medida que pode ter um impacto económico de cerca de 4,77 biliões de euros.

O otimismo alastrou-se pela maioria das restantes praças asiáticas, com o Topix e o Nikkei – ambos índices japoneses – a valorizarem 0,9% e 0,6%, respetivamente. Pela Coreia do Sul, o Kospi encerrou a sessão no verde, ao crescer 0,9%.

Apesar da reação positiva ao pacote de estímulos para a economia chinesa, os analistas acreditam que este maior apetite pelo risco vai ser momentâneo, uma vez que existem ainda vários problemas estruturais (como é o caso de pressões desinflacionistas) que continuam por resolver. "No curto prazo, isto vai ajudar o mercado a encontrar um limiar mínimo. Mas a longo prazo penso que precisamos de ver mais suporte fiscal", afirmou Siguo Chen, da RBC BlueBay Asset Management.

Pela Europa, a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 aponta para uma abertura a valorizar 0,5%.

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