A Stellantis deu início à procura de um candidato para suceder a Carlos Tavares, cujo mandato expira em janeiro de 2026, numa altura em que o CEO tem estado sob pressão devido às operações na América do Norte, onde quebras recorde de vendas (e de lucros) fizeram o preço das ações da fabricante automóvel cair a pique.

Segundo a gência Bloomberg, a informação foi avançada pela gigante automóvel - fabricante de carros de marcas como Citroën, Peugeot e Fiat - que, de acordo com a Reuters., admite a possibilidade do gestor português se manter mais tempo no cargo.

Carlos Tavares, engenheiro de 66 anos, que fez carreira na Renault antes de se mudar para a PSA, foi nomeado para a presidência executiva da Stellantis em 2021.

Os últimos 12 meses terão sido agridoces para o gestor português: Se, por um lado, a Stellantis fechou 2023 com lucros de 18.625 milhões de euros, um recorde, e a margem manteve-se nos dois dígitos, por outro, a primeira metade deste ano trouxe uma quebra de 48% nos lucros e a margem do gigante automóvel encolheu para 10%.

As maiores críticas incidem sobre a operação do gigante automóvel nos EUA, nomeadamente no que toca à gestão de stocks e, consequentemente, na redução das margens.