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Carlos Tavares afasta saída da Stellantis antes de terminar mandato

Embora reconhecendo que o seu trabalho está a ser mais escrutinado devido aos problemas da Stellantis nos Estados Unidos, o gestor português afirmou que pretende continuar a liderar ao grupo até ao final de 2026.

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Carlos Tavares afastou esta quinta-feira a sua saída da Stellantis e indicou que pretende manter-se no cargo até ao final de 2026, a data em que o mandato expira. Isto numa altura em que o CEO tem estado sob pressão devido às operações na América do Norte, onde quebras recorde de vendas (e de lucros) têm feito o preço das ações da fabricante automóvel cair a pique.

Tavares alertou, no entanto, que no atual momento de mercado os erros estão a ser mais escrutinados. "Quando se está num contexto que é brutal e mais exigente, se houver pequenos erros operacionais, são imediatamente visíveis", disse em declarações à Reuters, numa visita a uma fábrica em França, acrescentando que olha para estes momentos como uma "wake up call" e de forma muito séria.

O CEO da Stellantis disse ainda acreditar que as dificuldades operacionais nos EUA sejam resolvidas bem antes do final do seu mandato. 

O responsável deixou a porta aberta a possíveis cortes aos dividendos e programas de recompra de ações e considerou que os problemas com o negócio nos Estados Unidos que levaram a avisos de redução de lucros foram "pequenos erros operacionais".

O atual momento da companhia traduziu-se no mercado acionista, com as ações a desvalorizarem 55% desde março para mínimos de julho de 2022, com os investidores a preverem que reviver o ímpeto da Stellantis nos EUA vai obrigar a uma redução das contrapartidas para os acionistas. A dona de marcas como a Chrysler, Jeep, Fiat, Citroen e Peugeot regista a pior performance em bolsa no setor automóvel e viu 47 mil milhões de euros serem anulados no valor de mercado.

Numa nota vista pela Reuters, a Bernstein explica que a chegada de Tavares ao cargo de CEO em 2021 da gigante automóvel foi visto como positivo e a Stellantis passou a ser vista como tendo uma gestão construtiva, com grande ênfase no controlo de "stocks" e na fixação de preços. "Os investidores podiam 'dormir à noite' sabendo que a empresa estava em segurança", referem. "Mas foram demasiado complacentes".

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