Notícia
Os dividendos mais rentáveis da bolsa portuguesa
Veja os dividendos que já foram anunciados por 14 cotadas portuguesas e a respectiva rendibilidade.
Entre as 23 cotadas que no ano passado pagaram dividendos, 14 já anunciaram o valor de 2018. Entre estas, a grande maioria decidiu aumentar a remuneração, sendo que duas optaram por manter e apenas três cortaram o montante.
São várias as cotadas portuguesas que pagam dividendos com rendibilidade atractiva, sendo que entre as cinco melhores estão duas que até baixaram a remuneração devido à quebra dos resultados. Metade destas 14 cotadas apresenta um "dividend yield" acima de 6%.
Veja todos os valores na lista em baixo, ordenada pelos "dividend yields" mais elevados:
F. Ramada – Dividend yield de 17%
CTT - Dividend yield de 12,1%
REN - Dividend yield de 6,8%
Sonae Capital - Dividend yield de 6,3%
EDP - Dividend yield de 6,2%
NOS - Dividend yield de 6,2%
Altri - Dividend yield de 6,1%
Novabase - Dividend yield de 5,4%
Jerónimo Martins - Dividend yield de 4,1%
Galp Energia - Dividend yield de 3,6%
Sonae SGPS - Dividend yield de 3,6%
Corticeira Amorim – Dividend Yield de 1,8%
Sonaecom – Dividend Yield de 1,7%
EDP Renováveis – Dividend yield de 0,8%
Dividendos aumentam 3%
As contas do Negócios mostram que as cotadas portuguesas vão este ano entregar mais de 2,4 mil milhões de euros em dividendos, referentes ao exercício do ano passado, um valor que traduz um aumento de 3%. A subida face a 2017 até é modesta, mas a época de pagamento de dividendos que está aí à porta reforça a ideia de que as cotadas portuguesas estão cada vez mais generosas na hora de remunerar os accionistas.
Há outro indicador que mostra bem que é assertivo o estatuto que as cotadas portuguesas têm de serem boas pagadoras de dividendos. O "payout" é de 71%, ou seja, as empresas portuguesas devolvem aos accionistas bem mais de dois terços dos lucros que obtiveram no ano passado. O rácio até é inferior ao do ano anterior, quando atingiu 72%. Contudo, a EDP é a grande responsável por esta queda, já que é de longe a cotada que mais dinheiro entrega aos accionistas (695 milhões de euros, ou 29% do total), e decidiu manter o dividendo apesar de os lucros terem crescido 16%. Excluindo a EDP destas contas, o "payout" este ano sobe para 73%.
Tendo em conta os dividendos já confirmados e os estimados das 23 cotadas, o "dividend yield" médio é de 5%. Uma rendibilidade que também prova a generosidade das cotadas na altura de pagar dividendos e que só não é maior porque cinco das empresas em análise têm um "dividend yield" inferior a 2%. Em contrapartida, são 12 as que superam os 5%.