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Ibersol propõe aumentar dividendo para 10 cêntimos

O aumento da remuneração aos accionistas fica aquém do aumento registado nos lucros.

Os analistas que seguem a Ibersol avaliam a cotada em 12,21 euros, o que incorpora um potencial de valorização limitado para os títulos da empresa que explora a marca Pizza Hut em Portugal.
19 de Abril de 2018 às 18:53
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A Ibersol vai propor aos accionistas, em assembleia geral a realizar a 14 de Maio, o pagamento de um dividendo de 10 cêntimos por acção, o que representa uma melhoria de 25% face aos 8 cêntimos pagos no ano passado.


No ponto 3 da ordem de trabalhos, a empresa de restauração propõe a "distribuição de dividendos no montante de 3.000.000 euros, que corresponde a um dividendo ilíquido de 0,10 euros por acção".


A este dividendo corresponde uma rendibilidade de 0,88%, já que as acções fecharam a sessão desta quinta-feira nos 11,35 euros.


A Ibersol fechou 2017 com um resultado líquido de 31 milhões de euros, pelo que propõe entregar aos accionistas menos de 10% dos lucros obtidos no passado. A subida de 25% no dividendo fica aquém do aumento registado nos lucros (34,1%).


A título individual, a Ibersol obteve lucros de 9,8 milhões de euros. Além dos 3 milhões de euros para dividendos, a empresa propõe 492,58 mil euros para reserva legal e 6,36 milhões de euros para reservas livres.  


Grande parte destas reservas livres, como a empresa já tinha anunciado, serão utilizadas num aumento de capital de 6 milhões de euros que a empresa pretende realizar e que também será deliberado pelos accionistas.

Estes são os dividendos que as empresas portuguesas vão pagar este ano:

F. Ramada – Dividend yield de 17%

F. Ramada – Dividend yield de 17%
O ganho obtido com a venda da Base permitiu à F. Ramada aumentar os lucros de 2017 em mais de quatro vezes, levando a estreante no PSI-20 a multiplicar por oito o valor do dividendo, que sobe de 28 cêntimos para 2,23 euros por acção. O “dividend yield” sobe para uns imbatíveis 17%, o que dá ao dividendo da F. Ramada o estatuto de melhor da bolsa portuguesa. A empresa vai entregar 57,2 milhões de euros aos accionistas, o que corresponde ao valor de todos os lucros obtidos no ano passado.

CTT - Dividend yield de 12,1%

CTT - Dividend yield de 12,1%
O corte de mais de 20% que os CTT efectuaram ao dividendo não afectaram a rendibilidade da remuneração, uma vez que as acções dos Correios têm sido fortemente penalizadas em bolsa pela evolução negativa dos resultados que levaram a gestão a reduzir o dividendo. Com um dividendo de 38 cêntimos por acção, o “dividend yield” é de 12,1% e o segundo melhor da bolsa portuguesa. Para manter este estatuto de boa pagadora de dividendos (que foi a imagem de marca quando entrou em bolsa), a gestão dos CTT decidiu entregar 57 milhões de euros aos accionistas, mais do que duplicando os lucros obtidos no ano passado.

REN - Dividend yield de 6,8%

REN - Dividend yield de 6,8%
O pagamento de dividendos é um dos factores que mais atrai investidores ao capital da REN. Desde que entrou em bolsa que a energética ocupa quase sempre os lugares cimeiros do “ranking” da rendibilidade dos dividendos na bolsa portuguesa e este ano não é excepção. Apesar do aumento de capital efectuado no ano passado, a empresa liderada por Rodrigo Costa manteve o dividendo de 17,1 cêntimos por acção, pelo que a remuneração total sobe 6,1% para 114 milhões de euros.

Sonae Capital - Dividend yield de 6,3%

Sonae Capital - Dividend yield de 6,3%
A Sonae Capital decidiu que deveria continuar a remunerar os accionistas apesar de ter fechado o exercício de 2017 com prejuízos de 6,5 milhões de euros. A empresa liderada por Cláudia Azevedo reduziu o dividendo em 40%, para 6 cêntimos por acção, uma remuneração que ainda assim garante uma rendibilidade de 6,3%. A Sonae Capital vai pagar 15 milhões de euros aos accionistas, menos 10 milhões do que ano passado.

EDP - Dividend yield de 6,2%

EDP - Dividend yield de 6,2%
Apesar das dúvidas dos analistas, a EDP manteve o dividendo de 19 cêntimos por acção, o que representa uma rendibilidade de 6,2%. Apesar de historicamente ter um “dividend yield” elevado, este aumenta este ano devido ao desempenho negativo das acções nos últimos meses. Com os lucros a aumentarem 16% devido aos ganhos obtidos com a venda de activos, o “payout” da empresa liderada por António Mexia desceu 10 pontos percentuais para 62%.

NOS - Dividend yield de 6,2%

NOS - Dividend yield de 6,2%
A Nos é a segunda cotada que mais aumentou o valor dos dividendos a pagar aos accionistas. A operadora elevou a remuneração de 0,20 euros para 0,30 euros, pelo que o dividendo representa uma rendibilidade de 6,2%. No total a empresa vai entregar 154,5 milhões de euros aos accionistas, o que representa 124,5% dos lucros obtidos. A Nos é também a cotada portuguesa com o segundo “payout” mais elevado, só atrás dos CTT.

Altri - Dividend yield de 6,1%

Altri - Dividend yield de 6,1%
A Altri surge em terceiro lugar no “ranking” das cotadas portuguesas que mais aumentaram o dividendo. A remuneração sobe 20%, para 0,30 euros, um crescimento que fica ligeiramente abaixo do aumento dos lucros (24,5%). A rendibilidade do dividendo é de 6,1% e a empresa de pasta e papel entrega aos accionistas 64% dos lucros.

Novabase - Dividend yield de 5,4%

Novabase - Dividend yield de 5,4%
A descida de 50% nos lucros não se reflectiu na remuneração aos accionistas da Novabase, já que a tecnológica decidiu manter o dividendo de 15 cêntimos. O “dividend yield” é de 5,4% e a cotada entrega aos accionistas a quase totalidade dos resultados líquidos. No final do ano passado a Novabase decidiu pagar um dividendo extra, não se sendo se irá repetir em 2018.

Jerónimo Martins - Dividend yield de 4,1%

Jerónimo Martins - Dividend yield de 4,1%
A ausência de ganhos extraordinários provocou uma queda de 35% nos lucros da Jerónimo Martins, mas a cotada decidiu aumentar a remuneração aos accionistas para 386 milhões de euros, entregando-lhes todos os lucros. O dividendo sobe de 0,605 euros para 0,615 euros por acção, o que representa uma rendibilidade de 4,1%. O “payout” sobe de 64,2% para 100%.

Galp Energia - Dividend yield de 3,6%

Galp Energia - Dividend yield de 3,6%
A petrolífera aumentou o dividendo em 10%, para 0,55 euros (0,25 euros já foram pagos no ano passado) por acção, o que traduz uma rendibilidade de 3,6%. A Galp Energia vai pagar 456 milhões de euros, sendo a segunda cotada da bolsa que mais dinheiro entrega aos accionistas. O “payout” é de 74,3%.

Sonae SGPS - Dividend yield de 3,6%

Sonae SGPS - Dividend yield de 3,6%
Apesar da descida dos lucros, a Sonae SGPS aumentou o dividendo em 5% para 4,2 cêntimos, o que representa uma rendibilidade de 3,6%. A cotada liderada por Paulo Azevedo vai pagar 84 milhões de euros aos accionistas, o que representa metade dos lucros obtidos. No ano passado o “payout” foi de 36%.

Corticeira Amorim – Dividend Yield de 1,8%

Corticeira Amorim – Dividend Yield de 1,8%
A Corticeira Amorim foi outra das cotadas que reduziu os lucros mas aumentou a remuneração aos accionistas. O dividendo sobre de 0,18 euros para 0,185 euros, o que traduz um dividend yield de 1,8%. A empresa liderada por Rios de Amorim entrega aos accionistas um terço dos lucros obtidos, acima do “payout” de 24% do ano passado.

Sonaecom – Dividend Yield de 1,7%

Sonaecom – Dividend Yield de 1,7%
A Sonaecom é das poucas cotadas que cortou o dividendo, tendo optado por uma redução em linha com a descida dos lucros. A remuneração por acção desce de 7,7 cêntimos para 3,7 cêntimos, o que representa uma rendibilidade de 1,7%. A cotada vai entregar aos accionistas metade dos lucros obtidos, um “payout” em linha com o do ano passado.

EDP Renováveis – Dividend yield de 0,8%

EDP Renováveis – Dividend yield de 0,8%
A EDP Renováveis está no lote de cotadas que aumentou o dividendo, que sobe 20% para 6 cêntimos. O aumento é muito inferior ao registado pelos lucros (cresceram quase cinco vezes), pelo que o “payout” desce de 77% para apenas 19%. O rácio é o mais reduzido entre as cotadas portuguesas e o “dividend yield” abaixo de 1% é também o mais baixo.
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