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F. Ramada aumenta dividendo em oito vezes para 2,23 euros por acção

O aumento dos resultados, devido à venda do grupo Base, permitiu à F. Ramada aumentar a distribuição de dividendos. Os lucros obtidos vão ser passados para os accionistas.

08 de Março de 2018 às 17:01
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A F. Ramada aumentou o dividendo a pagar aos accionistas em praticamente oito vezes, aproveitando para distribuir os lucros obtidos no ano passado, impulsionados pela venda da Base.

 

"O conselho de administração irá propor à assembleia-geral de accionistas a distribuição de um dividendo de 2,23 euros por acção", assinala o comunicado de resultados da cotada.

 

O número revelado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que tem de ser ainda aprovado pelos accionistas, compara com os 0,28 cêntimos por acção pagos no ano passado. 

O aumento do dividendo ocorre quando a F. Ramada está a caminho do principal índice da bolsa nacional, o PSI-20. 

 

O montante a dar em dividendos pela F. Ramada, liderada por João Borges de Oliveira (na foto) cresceu de forma expressiva com referência a um ano em que os lucros também subiram mais de quatro vezes, passando de 13,9 milhões, em 2016, para 56,7 milhões de euros, em 2017. Ou seja, a F. Ramada vai distribuir aos accionistas ligeiramente mais do que os lucros obtidos, com um payout (que compara o valor pago em dividendos com os resultados alcançados) de 101%. 

 

No ano passado, as contas pela empresa gerida por Borges de Oliveira foram dinamizadas pela venda do grupo Base, que rendeu uma mais-valia superior a 40 milhões.

 

A rendibilidade do dividendo a pagar em 2018 pela empresa de aço, medida através da comparação entre o valor da remuneração accionista e o preço por acção, é de 17,4%, tendo em conta que as acções da F. Ramada fecharam a valer 12,80 euros na sessão de quinta-feira (quebra de 0,78%).

A F. Ramada tem uma estrutura accionista idêntica à da Cofina, dona do Negócios. João Borges de Oliveira, além de presidente, é o principal accionista, detendo 20,67% da empresa através da Caderno Azul. A Promendo, de Ana Rebelo Mendonça, é dona de 18,9%, seguindo-se a Actium Capital, com 15,64%, de Paulo Fernandes (presidente da Cofina). Domingos Vieira de Matos é, pela Livrefluxo, detentor de 12,2% da companhia, sendo que Pedro Borges de Oliveira é o proprietário de 10% pela Thing Investments.

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