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Altri quer dar aos acionistas até 5% do capital da Greenvolt

Se o IPO da Greenvolt for aprovado em assembleia geral, os acionistas da Altri podem receber 1 ação da empresa de energias renováveis por 41 ações da empresa de pasta.

Lusa
08 de Abril de 2021 às 10:40
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A Altri pretende remunerar os acionistas com o pagamento de um dividendo em espécie no âmbito da potencial colocação em bolsa da Greenvolt - Energias Renováveis.

 

Os acionistas vão deliberar sobre a operação na assembleia geral que foi convocada para 30 de abril, sendo que em cima da mesa está a distribuição de até um máximo de cinco milhões de ações.

 

Desta forma, se o capital da Greenvolt for disperso na bolsa portuguesa, os acionistas da Altri vão ter uma exposição direta e indireta à empresa de energias renováveis. Se forem distribuídos 5 milhões de ações, por cada 41 ações da Altri os acionistas receberão uma nova ação da Greenvolt.

 

Na convocatória da assembleia geral, a Altri assinala que o número de ações a entregar aos acionistas, à data do IPO, pode "representar no máximo 5% do capital social e dos direitos de voto da subsidiária integralmente detida Greenvolt".

 

Por determinar está ainda o modelo que a Altri vai escolher para colocar a Greenvolt em bolsa, se através de um tradicional IPO com uma oferta pública de venda junto de investidores de retalho e institucionais, ou com uma colocação direta para institucionais. Também não está ainda anunciado se será realizado um aumento de capital, ou vendidas ações já existentes.

 

Além deste dividendo em espécie, que não está garantido, a Altri vai pagar o dividendo ordinário de 25 cêntimos por ação, que também será aprovado na assembleia geral.

 

O pagamento deste dividendo em espécie está condicionado à realização do IPO da Greenvolt até ao final deste ano. No mesmo comunicado, a administração da Altri sublinha que "a aprovação desta proposta pela Assembleia Geral dependerá sempre da realização da referida operação que (...) poderá culminar na admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon da totalidade das ações representativas do capital social da Greenvolt e da concretização dessa admissão à negociação até 31 de dezembro de 2021".

A proposta depende ainda "de conclusões satisfatórias no âmbito da análise à viabilidade da projetada distribuição e de deliberação subsequente do Conselho de Administração nesse sentido a concretizar os termos ao abrigo dos quais tal distribuição poderá ter lugar". Assim, frisa, "não representa, nesta data, qualquer atribuição ou promessa de atribuição de ações representativas do capital social da Greenvolt aos acionistas da Altri, nem uma garantia ou expectativa de que tal venha a suceder".

 

Foi há um mês que a Altri anunciou que estava a estudar a entrada na Euronext Lisbon da sua subsidiária de energias renováveis Greenvolt e que a empresa que detém a 100% seria liderada por João Manso Neto.

A Greenvolt celebrou já um contrato de consultoria com a Lazard Asesores Financieros, Lazard Frères Banque e Vieira de Almeida & Associados "para estudar a possibilidade de realizar uma operação que, sujeita às condições de mercado e nos termos habituais em situações similares, poderá culminar na admissão à negociação da totalidade das ações representativas do capital social da Greenvolt no mercado regulamentado Euronext Lisbon".

 

Em 2020, as receitas da Greenvolt ascenderam a 86,9 milhões de euros, um aumento de 35% em relação a 2019, tendo o EBITDA desta unidade de produção de energia renovável a partir de biomassa atingido 32,9 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 49% face ao ano anterior.

A Greenvolt tem atualmente em funcionamento cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa florestal, com cerca de 97 megawatts (MW) de potência instalada. Em 2020, a produção de energia elétrica assegurada pela empresa – antes designada Bioelétrica da Foz – atingiu cerca de 732,6 GWh, correspondendo a um aumento de 36% e a um recorde de produção.

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