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Wall Street soma e segue com novos recordes. Desde 2017 que S&P 500 não subia assim

Os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico voltaram a estabelecer recordes, animados pelos bons resultados de cotadas de peso, pelos dados robustos do emprego e pelo intensificar de otimismo em torno da retoma económica.

Reuters
08 de Novembro de 2021 às 21:24
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O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,29%, para 36.432,22 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Isto depois de, a meio da jornada, ter tocado nos 36.565,73 pontos pela primeira vez na sua história.

 

Já o Standard & Poor’s 500 avançou 0,09%, para 4.701,70 pontos, o seu nível mais alto de sempre num encerramento. Durante a sessão foi catapultado para o valor mais alto de sempre, nos 4.714,92 pontos.

 

Esta foi a oitava sessão consecutiva de valorização do S&P 500, o que não acontecia desde outubro de 2017. Aliás, nas últimas 19 sessões, encerrou em baixa em apenas duas delas.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,07% para se fixar nos 15.982,36 – também um recorde em valores de fecho. Na negociação intradiária de sexta-feira atingiu um máximo de 16.053,39 – nível nunca antes tocado. Hoje, o valor mais alto a que chegou foi de 16.038,23 pontos, pelo que o recorde foi apenas em níveis de encerramento de sessão.

 

Os ganhos do Nasdaq foram travados pela queda de 4,92% da Tesla, depois de o CEO da fabricante de veículos elétricos, Elon Musk, ter perguntado aos seus seguidores no Twitter se devia vender 10% da sua participação e a resposta ter sido ‘sim’.

 

No sentido contrário, a Alphabet – dona da Google – deu gás ao índice tecnológico, no dia em que a sua capitalização bolsista chegou à casa dos dois biliões de dólares (e embora tenha encerrado abaixo desse patamar, fechou com sinal positivo).

 

As cotadas da energia e dos materais de construção lideraram os ganhos na sessão de hoje, numa altura em que os investidores acorrem para as empresas que mais beneficiam de uma economia robusta.

 

Os participantes continuam animados com os dados sólidos do mercado laboral nos EUA. Além disso, o Congresso norte-americano deu luz verde, no final da semana passada, ao pacote há muito esperado de 1,2 biliões de dólares para as infraestruturas, o que poderá impulsionar o crescimento económico e a procura por combustível. Tudo isto intensifica o otimismo em torno da retoma económica do país.

 

"Depois de muitos meses de negociações, o Congresso dos EUA aprovou finalmente o denominado pacote de infraestruturas proposto inicialmente por Joe Biden no valor de $1,2 biliões, naquele que será o maior investimento nas estruturas essenciais da maior economia do mundo em várias décadas. Com a passagem, na Câmara dos Representantes, quase dois meses depois de ter sido aprovada no Senado, a lei está agora pronta para ser assinada pelo presidente dos EUA, numa altura em que a Fed já anunciou o início da retirada de parte dos estímulos monetários que tinha implementado em 2020, para combater os efeitos da pandemia de covid-19", sublinha Marco Silva, analista da ActivTrades, na sua análise diária.

 

"Além dos destinatários habituais, como as estradas, energia, água e ferrovia, o grande destaque deste pacote vai para a melhoria da rede de internet de banda larga, que inclui também um subsídio de $30 mensais para um quarto dos lares norte-americanos para que todos os cidadãos tenham acesso a uma peça fundamental da economia de hoje, o que é uma alteração significativa na definição do que são os serviços essenciais para a civilização. Esta mudança, aliada à proposta de revitalizar a produção de semicondutores nos EUA, é um passo importante no sentido de tornar mais competitiva e independente a economia, beneficiando a prazo todos os sectores de atividade", acrescenta.

 

Mas, no imediato, "os investidores estão a dar primazia às empresas que vão absorver parte dos fundos agora aprovados, ou seja as ligadas às infra estruturas, como a Caterpillar que valorizou 4,9% e deu um bom impulso ao Dow Jones, assim como o Russell 2000, recheado de pequenas empresas da economia tradicional, que está por agora com maior força relativa", remata o analista.

 

Também os resultados promissores de um comprimido da Pfizer contra a covid e o levantamento das restrições às viagens aéreas nos Estados Unidos reforça a convicção de que as empresas continuarão a registar lucros robustos, o que tem estado a animar o mercado.

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