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Wall Street regista maior queda do último mês com inflação a assustar
Os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, num dia em que os juros da dívida soberana dos EUA subiram e em que os dados da inflação mexeram negativamente com os mercados financeiros.
O Standard & Poor’s 500 encerrou a ceder 0,82% para 4.646,71 pontos. Isto depois de na segunda-feira, durante a sessão, ter estabelecido o valor mais alto de sempre, nos 4.714,92 pontos.
Já o índice industrial Dow Jones terminou a cair 0,66%, para 36.079,94 pontos. Na primeira sessão da semana tocou nos 36.565,73 pontos pela primeira vez na sua história.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 1,66% para se fixar nos 15.622,70 pontos. Na negociação intradiária de sexta-feira atingiu um máximo histórico, nos 16.053,39 pontos.
A contribuir para as quedas estiveram os juros acima do esperado num leilão de Obrigações do Tesouro a 30 anos. As "yields" da dívida a dois anos também subiram, depois de ser divulgado que a inflação de outubro cresceu ao ritmo anualizado mais elevado desde 1990 – o que renova os receios de que a Fed acabe por aumentar os juros diretores mais cedo do que o esperado.
A ganhar com a subida dos juros da dívida esteve apenas o setor bancário.
O Nasdaq liderou as quedas na sessão de hoje devido ao facto de as suas cotadas, bastante valorizadas, serem mais suscetíveis ao impacto da inflação.
O índice de preços no consumidor aumentou 6,2% em outubro, face ao mesmo mês do ano passado, superando as previsões de 5,9%.
Além de uma eventual subida das taxas diretoras antes do esperado, o aumento persistente da inflação poderá também obrigar a Fed a acelerar o ritmo da retirada gradual de estímulos à economia – o chamado "tapering".