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Wall Street pressionada pela ida de Pelosi a Taiwan

A visita da presidente da Câmara dos Representantes norte-americana a Taiwan pressionou o sentimento dos investidores e levou a perdas em Nova Iorque.

EPA
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Wall Street encerrou a sessão bolsista desta terça-feira em terreno negativo, num dia marcado pela crescente tensão entre a China e os Estados Unidos, com a chegada da presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, a Taiwan.


Esta foi a primeira visita de uma alta patente dos EUA ao país em 25 anos, algo que foi entendido por Pequim como "uma clara violação do princípio de uma só China", infringindo "a soberania e a integridade territorial". "Estes movimentos, tal como brincar com o fogo, são extremamente perigosos. Os que brincam com o fogo queimam-se", adianta um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.


Por seu lado, Pelosi escreve que a "a visita da delegação do Congresso norte-americano a Taiwan honra o firme compromisso dos Estados Unidos no apoio à vibrante democracia de Taiwan" e que "de forma alguma contradiz a diplomacia dos Estados Unidos, guiada pela Lei de Relações de Taiwan de 1979". A representante dos EUA acrescenta que os "Estados Unidos continuam a opor-se a esforços unilaterais para mudar esse 'status quo'".


O industrial Dow Jones recuou 1,22% para 32.396,76 pontos, enquanto o "benchmark" mundial S&P 500 cedeu 0,66% para 4.091,36 pontos. Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,16% para 12.348,76 pontos.


Os fabricantes de chips norte-americanos estão altamente expostos ao crescendo de tensões entre a China e os EUA, mas, ainda assim, houve ganhos. Foi o caso da Advanced Micro Devices, que registou uma subida de 3% e ajudou assim a conter as perdas do Nasdaq.


Ainda nas tecnológicas, esta terça-feira foi a vez de a Uber demonstrar resultados relativos ao segundo trimestre do ano, com as receitas a duplicarem face aos primeiros três meses de 2021 e a ascenderem aos 8,1 mil milhões de dólares (7,9 mil milhões de euros). Isto mesmo com o aumento da inflação, que está em máximos de 40 anos e os preços dos combustíveis também elevados. A empresa registou uma subida em bolsa de 18,9%, o que também ajudou o Nasdaq.

Já a rede social Pinterest beneficiou da entrada do Elliott Investment Management como acionista maioritário da plataforma - não se sabendo ao certo a percentagem detida por este fundo - e chegou mesmo a ganhar 21% em bolsa.


No caso da Caterpillar, a empresa de máquinas, motores e veículos pesados tombou 5,86% em Wall Street, depois de ter avisado os investidores de uma diminuição da procura na China, numa altura em que o país enfrenta uma crise na construção de imobiliário.


Ainda esta terça-feira, os investidores estiveram atentos a dados sobre a oferta de emprego nos Estados Unidos que desceu para os valores mais baixos em pouco menos de dois anos, num sinal de desaceleração económica. A maior queda no número de vagas foi no setor do retalho e comércio.



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