Notícia
Europa no vermelho com tensões no Oriente. Petróleo e ouro recuperam, juros agravam-se
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa encerra negativa com Pelosi em Taiwan
As principais praças do Velho Continente finalizaram a sessão de negociação desta terça-feira em terreno negativo, pouco tempo depois da chegada da presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, a Taiwan, num escalar de tensões entre a China e os Estados Unidos.
O índice de referência para a Europa ocidental, Stoxx 600, perdeu 0,32% para 436,07 pontos, pressionado por setores como o mineiro, tecnológico e retalhista. Já em terreno positivo esteve o setor do petróleo & gás e o automóvel.
A par do aumento de tensões entre as duas potências mundiais, lideradas por Joe Biden e Xi Jinping, os investidores estão também a antecipar uma recessão na Europa, numa altura em que o Banco Central Europeu procede ao aumento de juros nas taxas diretoras e em que a Rússia reduziu o fornecimento de gás para a região.
A par disso, a época de resultados está a dar indicações de como os investidores estão a lidar com o cenário macroeconómico.
"A reação aos resultados melhores que o esperado já tem estado a ser incorporada pelo mercado", adianta Joshua Mahony, analista do IG, à Bloomberg. "Esta semana, os investidores têm virado a atenção para o risco da ida a Taipei por parte de Nancy Pelosi, apesar dos avisos do governo chinês".
Nas restantes praças da região, o alemão Dax cedeu 0,23%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,42%, o italiano FTSEMIB recuou 0,35%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,06%, e em Amesterdão o AEX registou um decréscimo de 0,33%.
A registar ganhos esteve apenas o espanhol IBEX 35, que subiu 0,15%.
Iene dispara com visita de Pelosi a Taiwan
O aumento de tensões entre os EUA e a China – devido ao facto de a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ter decidido vistar Taiwan na sua passagem pela Ásia – levou os investidores a apostarem em ativos-refúgio como o iene e o dólar.
Apesar de a moeda nipónica estar em máximos de quase dois meses face à nota verde, a divisa norte-americana segue em alta perante a maioria das suas grandes congéneres, como é o caso do euro.
A divisa japonesa esteve a ser bastante procurada, tendo valorizado face a todas as moedas do G10, devido ao crescer de tensões entre Washington e Pequim – o que aumenta a procura por ativos mais seguros.
O dólar segue a cair 0,9% para 130,41 ienes, o nível mais baixo desde 3 de junho – e a marcar a mais longa série de perdas diárias desde abril de 2021 face à divisa japonesa.
Já o euro segue em queda no câmbio com a moeda norte-americana, a recuar 0,63% para 1,0197 dólares.
Juros agravam-se na Europa com investidores a buscarem refúgio noutros ativos
Os juros estão a agravar-se na Zona Euro, com os investidores a buscarem refúgio mas a darem preferência ao iene, dólar e ouro.
A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava-se 3,9 pontos base para 0,812%, enquanto os juros da dívida soberana francesa sobem 5,9 pontos base para 1,398%.
Na Península Ibérica, a yield das obrigações portuguesas a dez anos soma 10,3 pontos base para 1,873% e os juros da dívida espanhola agravam 10,6 pontos base para 1,955%.
Em Itália, os juros da dívida com a mesma maturidade ganham 6,8 pontos base para 3,045%, acima da linha dos 3%.
Ouro em máximos de quatro semanas com tensões EUA-China
O metal amarelo está a negociar em alta, em máximos de quase um mês, numa altura em que os investidores se confrontam com um período mais tumultuoso nas relações entre os EUA e a China devido ao facto de a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ter decidido vistar Taiwan na sua passagem pela Ásia.
O ouro a pronto (spot) segue a subir 0,42% para 1.779,25 dólares por onça no mercado londrino de metais (LME).
Já no mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro valorizam 0,49% para 1.777,60 dólares por onça.
Petróleo sobe à espera da OPEP+
Os preços do petróleo seguem em terreno positivo, depois de ontem terem afundado mais de 5% e terem fechado no nível mais baixo em mais de cinco meses.
As atenções estão centradas nos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), que se reúnem amanhã, 3 de agosto, para falarem sobre quotas de produção.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,58% para 100,61 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, afunda 0,51% para 94,37 dólares por barril.
Wall Street arranca negativa pressionada por tensões com China
Os principais índices norte-americanos arrancaram a sessão desta terça-feira no vermelho, pressionados pela escalada nas tensões entre Washington e Pequim devido à visita da líder do Congresso dos EUA a Taipé.
Nancy Pelosi deverá chegar a Taipé esta tarde, numa visita que é vista pela China como uma provocação e uma "falência da credibilidade dos EUA".
Nos primeiros minutos de negociação, o Dow Jones recua 0,78%, para os 32.543,68 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 cai 0,48%, até aos 4.098,92 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite cede 0,28%, para os 12.334,81 pontos.
Pela positiva destacam-se as ações da Uber, que disparam perto de 12%, após a empresa ter superado as estimativas do mercado nas receitas e ter alcançado o primeiro trimestre com um "cash flow" positivo. Também o Pinterest escala mais de 15% após o número de utilizadores ter batido as expectativas dos analistas, isto apesar de lucros trimestrais abaixo do esperado e receitas em linha com o consenso dos analistas.
Europa arranca mista com atenções centradas nos EUA e na China
As bolsas europeias arrancaram a sessão de forma mista, numa altura em que as empresas continuam a apresentar resultados e que os investidores estão atentos a uma possível escalada de tensão entre as duas maiores economias mundiais, a China e os Estados Unidos.
O "benchmark" Stoxx 600 caiu 0,53% para 435,14 pontos, pressionada por praticamente todos os setores, sobretudo pelo do retalho e da tecnologia. A travar maiores perdas esteve o setor do petróleo, impulsionado pelas contas da BP, que viu os lucros subirem novamente no segundo trimestre.
Nas restantes praças europeias, Frankfurt recua 0,57%, Paris desce 0,35%, Amesterdão cai 0,77% e Milão cede 0,68%. Apenas Portugal e Espanha sobem, 0,8% e 0,10%, respetivamente.
Os resultados trimestrais acima do esperado estão a dar sinais de como as empresas lidam com as adversidades, numa altura em que as taxas sobem e a procura diminui. Apesar de considerar que os mercados caminham "um pouco para a segurança", Mark Taylor, negociador da Mirabaud Securities, afirma que a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, marcada para esta terça-feira, e os sinais de um abrandamento do crescimento da economia, estão a despertar "uma certa aversão ao risco".
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros da dívida soberana seguem a aliviar na Zona Euro, um dia após terem sido divulgados os dados do índice dos gestores de compra (PMI na sigla inglesa), que registou a queda mais acentuada desde maio de 2020, dando sinais de uma possível recessão a caminho.
A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – alivia 6,4 pontos base para 0,709%, enquanto os juros da dívida soberana francesa descem 6,6 pontos base para 1,274%.
Na Península Ibérica, a yield das obrigações portuguesas a dez anos recuam 6,4 pontos base para 1,706% e os juros da dívida espanhola caem 6,2 pontos base para 1,787%.
Em Itália, os juros da dívida com a mesma maturidade aliviam 5,9 pontos base para 2,917%, mantendo-se abaixo dos 3%.
Euro desvaloriza face ao dólar
O euro segue a desvalorizar ligeiramente face ao dólar. A moeda única perde 0,33% para 1,0228 dólares.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a nota verde com 10 divisas rivais - sobe 0,12% para 106,578 pontos.
O iene continua a ser o grade protagonista do mercado cambial, tendo valorizado face a todas as dez moedas do grupo, numa altura em que é esperada a visita da líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Ouro negoceia na linha d'água
O ouro atingiu esta manhã o valor mais elevado desde o início de julho, tendo estado a negociar nos 1.780,53 dólares por onça, numa altura em que os investidores se preparam para um período de tensão entre a China e os Estados Unidos, na sequência da visita da líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, marcada para esta terça-feira a Taiwan.
Com o avançar da sessão o metal amarelo passou a negociar na linha d'água, estando neste momento a subir 0,01% para 1,772.35 dólares por onça. Já a platina sobe 0,11% para 911,04 dólares e o paládio cresce 0,06% para 2,197.26 dólares.
O ouro tende a beneficiar da incerteza geopolítica e a visita de Pelosi a Taiwan é mais um fator a contributivo para a instabilidade, uma vez que Pequim - que reinvindica o território como parte do país - já fez saber que a viagem será entendida como uma ameaça.
"A queda do dólar associada à crescente tensão entre os Estados Unidos e a China está a ajudar a impulsionar o ouro", disse Gnanasekar Thiagarajan, diretor da Commtrendz Risk Management Services, citado pela Bloomberg. O responsável defende, contudo, que o metal amarelo ainda pode ser pressionado.
Petróleo recupera após perdas de mais de 4%. Gás natural a cair
O petróleo segue a negociar com ligeiros ganhos, recuperando das perdas de mais de 4% registadas na segunda-feira, na sequência da divulgação de fracos dados da atividade industrial na China e na Europa, que pesam no "outlook" para a procura.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a subir 0,20% para 100,23 dólares por barril.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, valoriza 0,31% para 94,18 dólares por barril, mantendo-se ainda abaixo do patamar dos 100 dólares.
Já o gás natural, negociado em Amesterdão, e referência para as importações europeias, desvaloriza 0,99% para 8,20 dólares por megawatt-hora.
A atenção dos investidores está agora virada para a reunião dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, o chamada grupo OPEP+, marcada para quarta-feira, 3 de agosto, onde serão tomadas decisões sobre a produção de setembro.
Europa aponta para arranque de sessão no vermelho. Ásia fecha em terreno negativo
A Europa aponta para um início de sessão em terreno negativo, depois de o Stoxx600 ter registado o maior ganho mensal desde novembro de 2020. Na Ásia, as bolsas encerraram no vermelho, pressionadas pela visita de Nancy Pelosi, líder do Congresso dos Estados Unidos, a Taiwan.
Os futuros sobre o Euro Stoxx desceram 0,5%.
Na Ásia, todos os índices fecharam a negociação em terreno negativo, numa altura em que os investidores se preparam para um possível escalar de tensões entre os Estados Unidos e a China, como resultado de uma visita de Nancy Pelosi a Taiwan, marcada para esta terça-feira. Pequim - que reinvindica o território como parte do país - já afirmou que a viagem será entendida como uma ameaça, tendo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, avisado que o gigante asiático "responderá com firmeza" ao que considera uma provocação e que os EUA terão de "assumir todas as consequências" decorrentes.
Na Coreia do Sul, o Kospi desceu 0,53%, enquanto no Japão o Nikkei caiu 1,42% e o Topix recuou 1,77%. Na China, o tecnológico Hang Seng perdeu 2,20% e Xangai desceu 1,59%.