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Wall Street em queda na expectativa de negociações entre Washington e Pequim sobre comércio

As principais praças dos Estados Unidos começaram o dia a perder terreno, numa altura em que a delegação norte-americana encarregada de negociar com a homóloga chinesa um compromisso ao nível da relação comercial bilateral já está em território chinês.

Reuters
03 de Maio de 2018 às 14:35
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O índice Dow Jones abriu a sessão desta quinta-feira, 3 de Maio, a perder 0,51% para 23.803,88 pontos, seguido pelo tecnológico Nasdaq Composite a recuar 0,49% para 7.065,81 pontos, e pelo Standard & Poor's 500 a resvalar 0,33% para 2.626,98 pontos. As principais praças dos Estados Unidos mantêm-se assim em terreno negativo depois de ontem terem fechado no vermelho após a Reserva Federal ter mantido inalterada a taxa de juro de referência da maior economia mundial. 

A marcar este início de sessão em Wall Street está a expectativa dos investidores relativamente ao que poderá resultar da cimeira sino-americana sobre comércio que hoje tem lugar em território chinês. Uma delegação de peso da administração dos Estados Unidos já chegou inclusivamente à China, incluindo, entre outros, Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, e Wilbur Ross, secretário do Comércio.

Esta cimeira acontece cerca de um mês depois de os Estados e a China terem aplicado mutuamente um conjunto de tarifas aduaneiras às respectivas importações. Washington aplicou tarifas de 25% sobre mais de mil bens chineses, ao que a China retaliou com o reforço de taxas aduaneiras a mais de 100 produtos oriundos dos EUA. 

O objectivo das promessas proteccionistas do presidente americano, Donald Trump, passa por reduzir o défice comercial que os Estados Unidos mantêm relativamente à China, que representa mais de metade do défice comercial global do país. Trump quer que o excedente comercial chinês nas relações comerciais com os EUA caia em 100 mil milhões de dólares. Por outro lado, Donald Trump acusa Pequim de promover políticas de manipulação cambial, desvalorizando artificialmente a sua divisa para tornar as suas exportações mais competitivas. 

Por coincidência (ou não), o Departamento do Comércio norte-americano divulgou esta quinta-feira os dados mais recentes sobre os números da actividade comercial dos EUA. Segundo o relatório hoje conhecido, o défice comercial americano face à China recuou de 57,7 mil milhões de dólares, em Fevereiro, para 48,9 mil milhões de dólares em Março.

 
Entre as cotadas em queda, o destaque vai para a Tesla que perde 5,79% para 283,71 dólares por acção 
em reacção aos resultados do primeiro trimestre e à forma como Elon Musk reagiu às questões colocadas pelos analistas, evitando responder.


Também o Spotify afunda 8,65% para 155,29 dólares depois de a tecnológica ter reportado um prejuízo de 169 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano. 


(Notícia actualizada às 14:51)
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