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Abertura dos mercados: Bolsas recuam de máximos. Euro e juros sobem

As bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, depois de terem atingido máximos de três meses na sessão de ontem. O petróleo segue em alta ligeira e o euro ganha face ao dólar.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
03 de Maio de 2018 às 09:14
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,03% para 5.499,86 pontos

Stoxx600 perde 0,21% para 386,64 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,2 pontos para 1,705%

Euro ganha 0,39% para 1,1998 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,01% para 73,37 dólares o barril

 

Bolsas europeias aliviam de máximos de Fevereiro

As bolsas europeias estão a negociar em queda ligeira esta quinta-feira, 3 de Maio, depois de o índice de referência para a região, o Stoxx600, ter atingido ontem o valor mais alto desde o início de Fevereiro.

 

As acções estão hoje a prolongar as descidas registadas em Wall Street, depois de a Fed ter mantido os juros inalterados e ter sinalizado que a inflação está próxima da metade 2%. O comunicado da Fed, que refere por duas vezes a expressão "meta simétrica" de 2%, levou o mercado a acreditar que o banco central ficará confortável mesmo que a inflação supere o objectivo, e que isso não o fará desviar-se do seu plano de continuar a subir os juros de forma gradual.

 

O Stoxx600 recua 0,21% para 386,64 pontos, numa altura em que apenas o português PSI-20 contraria a tendência com uma subida ligeira de 0,03% para 5.499,86 pontos.

 

A contribuir para os ganhos está sobretudo o BCP, que valoriza 0,79% para 28,2 cêntimos.  

 

Juros sobem na Europa

Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir em todas as maturidades, acompanhando a tendência que se estende à generalidade dos países do euro. A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos sobe 1,2 pontos para 1,705%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, o avanço é de 0,8 pontos para 1,319%.

 

Em Itália, os juros a dez anos crescem 1,7 pontos para 1,807% e na Alemanha sobem 0,9 pontos para 0,590%.

 

Dólar desce de mínimos de Dezembro

O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a descer esta quinta-feira, depois de ter tocado em máximos do final de Dezembro na sessão de ontem.

 

A penalizar a moeda dos Estados Unidos está o facto de a Fed não ter demonstrado uma postura mais agressiva na subida dos juros, mantendo-se fiel ao plano de subir gradualmente a taxa directora, mesmo que a inflação supere o objectivo de 2%.

 

Depois de três sessões consecutivas de perdas, o euro ganha 0,39% para 1,1998 dólares.

 

Petróleo em alta ligeira

O petróleo segue em alta ligeira nos mercados internacionais, com os receios em torno de potenciais disrupções no fornecimento a serem compensados pelos dados que mostram que as reservas de crude dos Estados Unidos aumentaram na semana passada, o que habitualmente penaliza as cotações.

 

A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos revelou ontem que as reservas de crude subiram em 6,22 milhões de barris na semana passada, muito acima do aumento estimado de 1,23 milhões de barris.

 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,07% para 67,98 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 0,01% para 73,37 dólares.

 

Ouro valoriza pela segunda sessão

O metal amarelo está a subir pela segunda sessão consecutiva, animado pela convicção de que a Fed não será mais agressiva na subida dos juros.

 

O ouro valoriza 0,36% para 1.309,71 dólares, enquanto a prata ganha 0,43% para 16,4453 dólares.

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