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Wall Street contabiliza riscos de propagação do vírus e vive pior semana em 11 anos e meio

As bolsas norte-americanas fixaram a pior semana desde o outono de 2008, em plena crise financeira. Os receios de uma recessão decorrente da epidemia do coronavírus com origem na China afugentaram os investidores das ações.

Reuters
28 de Fevereiro de 2020 às 21:27
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Os principais índices do outro lado do Atlântico conseguiram recuperar algum fôlego na reta final da sessão, animados pelo facto de a Fed ter vindo dizer que está pronta a agir de forma apropriada para sustentar o crescimento do país e cortar os juros se for preciso.

 

O Dow Jones encerrou a perder 1,39% para 25.409,36 pontos depois de chegar a cair 4,21% durante a sessão.

 

Já o Standard & Poor’s 500 recuou 0,82% para 2.954,22 pontos, após chegar a afundar mais de 4%. Entre segunda e sexta-feira caiu 11,49%, naquela que foi a pior performance semanal desde outubro de 2008 – em plena crise financeira.

 

O tecnológico Nasdaq Composite conseguiu mesmo recuperar fôlego nos últimos minutos da jornada e fechou com uma subida marginal de 0,01% para 8.567,37 pontos.

 

O S&P 500 chegou a estar a perder 14% desde os máximos históricos atingidos na semana passada. Os três principais índices estão todos em território de correção, a cederem mais de 10% desde os últimos máximos.

 

Apesar do alívio sentido pela segurança transmitida pela Reserva Federal, as perspetivas continuam sombrias.

 

"Neste momento, o pânico é elevado", comentou numa nota de análise o diretor de investimento global da Guggenheim Partners, Scott Minerd.

 

Wall Street "está a começar a contabilizar o risco de o coronavírus poder desencadear uma forte contração económica, ou até mesmo uma recessão, nos Estados Unidos. As vendas de smartphones estão em queda livre. A MasterCard advertiu para o facto de os gastos estarem a diminuir. A Apple confronta-se com falta de iPhones para fornecer e a Coca-Cola diz que já se verifica uma escassez de adoçantes artificiais", sublinha a CNN.

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