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Vitória de Trump tira quase 500 milhões à EDP Renováveis

A EDP Renováveis continua a registar quedas acentuadas, reflectindo a incerteza sobre o futuro da empresa no mercado americano. Em dois dias a queda é superior a 8,5%.

10 de Novembro de 2016 às 12:51
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A EDP Renováveis está a cair 3,24% para 5,889 euros, tendo chegado a deslizar 5,11% para 5,775 euros, o que corresponde ao valor mais baixo desde o dia pós-Brexit. A queda de hoje segue-se a uma descida de 5,70% registada na última sessão, depois de conhecidos os resultados das eleições dos EUA.

 

Em dois dias a empresa liderada por Manso Neto está a cair 8,75%, ou 492,85 milhões de euros.

Desde o início de Junho (mês marcado pelo Brexit) a EDP Renováveis acumula uma queda superior a 14% 


 

A perspectiva de que a administração de Donald Trump não aposte em energias limpas está a pressionar as acções da Renováveis, que ainda assim já aliviou parte das quedas, possivelmente ajudada pela nota de análise do BPI que a colocou entre as acções preferidas.

 

O peso dos EUA nas contas da EDP Renováveis é já significativo. Nos primeiros nove meses do ano, a capacidade instalada EBITDA ascendeu a 9.379 MW, sendo que deste valor praticamente metade veio dos EUA (4.233 MW).

 

Na apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a EDP Renováveis revelou que "em termos de capacidade EBITDA foram adicionados 502 MW, dos quais 299 MW nos EUA". Além disso, "nos EUA, foram concluídos dois parques eólicos: Waverly (199 MW; Kansas) e Arbuckle (100 MW; Oklahoma)".

 

O mercado americano tem sido uma grande aposta da empresa, havendo agora uma grande incerteza sobre que política energética vai ser prosseguida no país.

Na semana passada, "o presidente executivo da EDPR tentou acalmar os receios dos investidores sobre o aumento do risco político nos EUA", provocado pelos resultados eleitorais, afirmando que "os principais catalisadores do crescimento do negócio das renováveis no mercado dos EUA não dependem directamente do presidente", sublinhou o Haitong numa nota emitida na semana passada, após a conferência com analistas.

 

Apesar deste contexto, Manso Neto "reconheceu que o presidente terá um impacto directo na implementação" do programa de energias limpas.

 

O Haitong diz "concordar com a maioria dos argumentos", bem como com o facto de que o "impacto tangível dos presidentes dos EUA na política energética é inferior do que é habitualmente percepcionado", ainda que possa haver um impacto significativo de "um sentimento desfavorável" em relação ao próximo presidente dos EUA.

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