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"Efeito Trump" leva bolsa de Lisboa para mínimo de quatro meses

O PSI-20 sofreu a queda mais acentuada desde 16 de Setembro, penalizado pelas cotadas do Grupo EDP e pela Jerónimo Martins. A Sonae SGPS destacou-se pela positiva.

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10 de Novembro de 2016 às 16:47
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A bolsa portuguesa fechou em terreno negativo pela segunda sessão consecutiva, com o PSI-20 a atingir mínimos de quatro meses e a sofrer a queda mais acentuada desde  16 de Setembro.

 

O índice português desceu 1,74% para 4.417,17 pontos, o valor mais baixo desde 8 de Julho, com as cotadas divididas na tendência (nove em queda e outras tantas em alta).

 

Nos restantes mercados, o efeito da vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos também já se desvaneceu no final da sessão desta quinta-feira, com as bolsas europeias a inverterem para terreno negativo e o Dow Jones em Wall Street a recuar do máximo histórico que fixou durante a manhã.

 

Vários índices europeus fecharam a cair mais de 1% depois de durante as primeiras horas da sessão terem chegado a ganhar mais de 1%, cumprindo-se assim a previsão de que qualquer que fosse o resultado das eleições nos EUA, a volatilidade iria aumentar.

 

Em Lisboa o "efeito Trump" foi quase sempre negativo nas últimas duas sessões, muito à custa do grupo EDP, com os investidores a anteciparem que o republicano vai deixar de apostar nas energias limpas, penalizando a empresa num dos seus principais mercados.

 

A EDP Renováveis, indiferente à inclusão da cotada na lista de acções favoritas do BPI, fechou a sessão a cair 5,82% para 5,732 euros. Atingiu o valor mais baixo desde o Brexit, depois de já ontem ter fechado o dia cair mais de 6%.

 

Arrastada pela prestação da Renováveis, a EDP sofreu uma desvalorização de 4,96%. Nas duas sessões após a vitória de Trump a capitalização bolsista das duas cotadas já recuou 1,2 mil milhões de euros.

 

Mas o grupo EDP não foi o único responsável pelo desempenho negativo da praça portuguesa. A Jerónimo Martins afundou 3,33% para 15,075 euros, numa sessão em que a rival Sonae SGPS se destacou pela positiva, depois de ter anunciado resultados que agradaram aos analistas. As acções da empresa que detém os supermercados Continente somaram 4,45% para 0,751 euros.

Ainda a pressionar a praça portuguesa, a Galp Energia recuou 0,54% para 11,885 euros, numa sessão em que o petróleo também voltou a negociar com sinal negativo. O Brent em Londres desce 0,97% para 44,73 dólares. A REN caiu 2,05% para 2,574 euros e a Nos cedeu 1,79% para 5,745 euros.

 

BCP avança com pedido da Sonangol

 

Além da Sonae SGPS, também o BCP contribui para uma menor queda do PSI-20. As acções do banco liderado por Nuno Amado avançaram 2,35% para 1,177 euros, numa sessão positiva para o sector na Europa.

 

O Stoxx Banks avançou 2,23%, com os ganhos a serem liderados pelo UBS, que valorizou mais de 8% na melhor sessão desde 2012, e também pelo Deutsche Bank, que avançou mais de 5%.

 

O banco português, que valorizou pela terceira vez desde que avançou a fusão das acções, esteve a reagir aos resultados dos primeiros nove meses (prejuízos de 251,1 milhões de euros) e a ser impulsionado pelo pedido da Sonangol para reforçar a sua posição no capital do banco.

 

(Notícia actualizada às 16:57 com mais informação)

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