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Trump deverá avançar hoje com mais tarifas. Wall Street segue em baixa
Os índices norte-americanos abriram em terreno negativo na primeira sessão de uma semana que deverá ser marcada pelo conflito comercial entre os EUA e a China.
O Nasdaq desliza 0,2% para os 7.994,109 pontos e o Dow Jones desvaloriza 0,1% para os 26.127,30 pontos. Já o S&P 500 está quase inalterado, baixando apenas 0,03% para os 2.904,10 pontos. As bolsas norte-americanas acompanham assim as quedas asiáticas, principalmente a desvalorização do índice chinês que atingiu o nível mais baixo desde Novembro de 2014.
No fim, Trump garante que "se os países não fizeram acordos justos connosco, então serão alvo de tarifas". Esta declaração surge numa altura em que os EUA e a China estão de novo à mesa das negociações tendo em vista resolver o conflito comercial.Tariffs have put the U.S. in a very strong bargaining position, with Billions of Dollars, and Jobs, flowing into our Country - and yet cost increases have thus far been almost unnoticeable. If countries will not make fair deals with us, they will be “Tariffed!”
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 17 de setembro de 2018
Esta segunda-feira, dia 17 de Setembro, o Wall Street Journal noticia que esta semana as tensões entre os dois países vão aumentar. Em causa poderá estar a decisão de Donald Trump de avançar com tarifas de 10% em 200 mil milhões de dólares de bens chineses. A Bloomberg avança que a decisão deverá ser anunciada ainda hoje.
Do lado chinês já se equacionam medidas de retaliação. No entanto, o espaço de manobra é curto. "A folga da China para retaliar é surpreendentemente limitada, especialmente desde o surto da febre suína, o que irá aumentar a inflação", refere a economista-chefe da Pantheon Macroeconomics, Freya Beamish, à Reuters. Caso Trump avance com as tarifas, a China deverá suspender as negociações.
A nível nacional, os investidores estão também atentos aos desenvolvimentos da tempestade Florence que, apesar de ter deixado de ser um furacão, pode causar estragos através da chuva e das cheias.
Quanto às cotadas, a Tesla continua a estar sob os holofotes, neste caso porque Elon Musk admitiu que o problema deixou de ser a produção dos carros eléctricos e passou a ser a logística de entrega. Ainda que tenha prometido uma resolução rápida, as acções da empresa estão a desvalorizar 0,58% para 293,5 dólares.