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Trump deverá avançar hoje com mais tarifas. Wall Street segue em baixa

Os índices norte-americanos abriram em terreno negativo na primeira sessão de uma semana que deverá ser marcada pelo conflito comercial entre os EUA e a China.

EPA
17 de Setembro de 2018 às 14:41
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O arranque da semana em Wall Street está a ser condicionado pelo conflito comercial entre os Estados Unidos e a China. Trump deixou ameaças no Twitter e há notícias de que possa avançar com mais tarifas. A escalada da guerra comercial poderá colocar em causa a recuperação económica mundial, o que é um motivo de preocupação para os investidores.

O Nasdaq desliza 0,2% para os 7.994,109 pontos e o Dow Jones desvaloriza 0,1% para os 26.127,30 pontos. Já o S&P 500 está quase inalterado, baixando apenas 0,03% para os 2.904,10 pontos. As bolsas norte-americanas acompanham assim as quedas asiáticas, principalmente a desvalorização do índice chinês que atingiu o nível mais baixo desde Novembro de 2014.

Esta madrugada o presidente dos Estados Unidos escreveu um tweet com uma ameaça. "As tarifas colocaram os EUA numa posição de negociação muito forte, com mil milhões de dólares e empregos a fluir para o nosso país", escreveu, referindo que "as subidas dos custos têm sido até agora quase imperceptíveis".
No fim, Trump garante que "se os países não fizeram acordos justos connosco, então serão alvo de tarifas". Esta declaração surge numa altura em que os EUA e a China estão de novo à mesa das negociações tendo em vista resolver o conflito comercial.

Esta segunda-feira, dia 17 de Setembro, o Wall Street Journal noticia que esta semana as tensões entre os dois países vão aumentar. Em causa poderá estar a decisão de Donald Trump de avançar com tarifas de 10% em 200 mil milhões de dólares de bens chineses. A Bloomberg avança que a decisão deverá ser anunciada ainda hoje.

Do lado chinês já se equacionam medidas de retaliação. No entanto, o espaço de manobra é curto. "A folga da China para retaliar é surpreendentemente limitada, especialmente desde o surto da febre suína, o que irá aumentar a inflação", refere a economista-chefe da Pantheon Macroeconomics, Freya Beamish, à Reuters. Caso Trump avance com as tarifas, a China deverá suspender as negociações.

A nível nacional, os investidores estão também atentos aos desenvolvimentos da tempestade Florence que, apesar de ter deixado de ser um furacão, pode causar estragos através da chuva e das cheias. 

Quanto às cotadas, a Tesla continua a estar sob os holofotes, neste caso porque Elon Musk admitiu que o problema deixou de ser a produção dos carros eléctricos e passou a ser a logística de entrega. Ainda que tenha prometido uma resolução rápida, as acções da empresa estão a desvalorizar 0,58% para 293,5 dólares.

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