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Abertura dos mercados: Juros de Portugal descem após S&P e bolsa chinesa cai para mínimo de quatro anos

As notícias do fim-de-semana sobre as tarifas comerciais entre os Estados Unidos e a China estão a condicionar os mercados accionistas e cambial. O petróleo volta às subidas e os juros de Portugal estão a recuar.

EPA
17 de Setembro de 2018 às 09:22
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Os mercados em números

PSI-20 valoriza 0,1% para 5.290,68 pontos
Stoxx 600 sobe 0,01% para 377,89 pontos
Nikkei não negociou devido a feriado no Japão

"Yield" a 10 anos de Portugal desce 1,3 pontos base para 1,843%
Euro sobe 0,1% para 1,1637 dólares
Petróleo, em Londres, valoriza 0,27% para 78,30 dólares por barril 

 

Perspectiva de tarifas comerciais deixa bolsas baralhadas

As bolsas europeias abriram em baixa e seguem agora com tendência mista, com os investidores a reflectirem na negociação a probabilidade de novas tarifas à China por parte dos Estados Unidos, mas também os bons resultados da H&M.

Na sessão asiática a tendência foi negativa, com as acções chinesas a caírem para perto de mínimo de quatro anos uma vez que o presidente dos EUA terá dado indicações para que se avancem com novas tarifas sobre as importações da China no valor de 200 mil milhões de dólares. Se este cenário se concretizar, Pequim já avisou que recusará negociar com os EUA, o que está a gerar nervosismo nos investidores.

O Shanghai Composite caiu 1,1% para 2.651,79 pontos, o que de acordo com a Reuters corresponde ao valor de fecho mais baixo desde 27 de Novembro de 2014. O CSI300, também da bolsa chinesa, caiu 1,1% para 3.204,92 pontos. O Hang Seng de Hong Kong desceu 1,3% e a Bolsa de Tóquio não negociou devido a feriado.

 

Ainda assim as bolsas europeias já negoceiam com quedas ligeiras e algumas já recuperaram para terreno positivo, beneficiando com os números positivos de vendas anunciados pela H&M, levando as acções da retalhista de artigos de vestuário a disparar 8,7%. Destaque pela positiva também para a francesa Casino, que sobe 2,6% depois do maior accionista da companhia de supermercados ter concluído uma linha de crédito de 500 milhões de euros.

O Stoxx600 sobe 0,01% para 377,89 pontos e o PSI-20 inclui o lote de índices europeus que já negoceia em terreno positivo (valoriza 0,1% para 5.290,68 pontos).


Dólar continua a perder terreno

A moeda norte-americana persiste em baixa face às principais divisas, depois de na semana passada ter registado a queda mais acentuada dos últimos sete meses. Uma tendência que os analistas atribuem à perspectiva de uma escalada na guerra comercial com a China.

O euro está a subir 0,1% para 1,1637 dólares, naquela que é a quinta sessão de ganhos das últimas seis.

 

Juros de Portugal recuam após S&P subir perspectiva

As obrigações soberanas portuguesas estão a reagir de forma positiva ao relatório da Standard & Poor’s sobre a dívida nacional, embora as variações sejam ligeiras. Tal como se esperava, agência de notação financeira manteve o rating em BBB-, mas melhorou a perspectiva ("outlook") para "positivo", o que sugere que a S&P poderá, em breve, subir a nota que dá ao país.

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 1,3 pontos base para 1,843%, na segunda sessão de alívio nos juros da dívida portuguesa. A "yield" das bunds está também em queda (0,3 pontos base para 0,447%) e na dívida italiana a descida é mais acentuada (-7,1 pontos base para 2,911%), numa altura em que os investidores estão de olhos postos na proposta do Orçamento do Estado do país.

Petróleo sobe após duas sessões em queda

O petróleo está a valorizar pela primeira vez em três sessões, com os receios relacionados com a redução das exportações por parte do Irão a compensarem os sinais de fortalecimento da oferta da matéria-prima nos Estados Unidos, onde o número de perfurações para exploração de petróleo aumentou na semana passada.


Contudo, o mercado continua apreensivo com a possibilidade dos membros da OPEP não terem capacidade para compensar a redução das exportações do Irão, que estão ser penalizadas pelas sanções dos Estados Unidos, sobretudo a partir de Novembro, pois é nesta altura que estas se tornam efectivas. Isto apesar de o ministro da energia russo, Alexander Novak, e o seu homólogo saudita Khalid al-Falih terem reiterado, após um encontro em Moscovo no Sábado, que pretendem estabilizar o mercado petrolífero.


O Brent em Londres sobe 0,27% para 78,30 dólares e o WTI em Nova Iorque soma 0,32% para 69,21 dólares.

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