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China pode rejeitar negociações se EUA avançarem com novas tarifas
A China não vai negociar “com uma arma apontada à cabeça”, garante Pequim, citado pelo Wall Street Journal, rejeitando sentar-se à mesa das negociações se os EUA avançarem com novas tarifas sobre as importações chinesas.
As autoridades chinesas vão recusar-se a participar nas negociações comerciais, propostas pelos EUA, caso a administração Trump avance com novas tarifas sobre as importações chinesas, revela o Wall Street Journal, que cita fontes oficiais de Pequim.
Os EUA propuseram encetar reunião de negociações com vista a alcançar um acordo comercial. As reuniões deveriam ocorrer no final de Setembro, mas na semana passada, houve notícias que revelaram que Donald Trump já terá dados ordens para se avançarem com mais tarifas sobre os produtos importados da China.
Uma fonte oficial da China diz mesmo que o país não vai negociar "com uma arma apontada à cabeça". Outros responsáveis, que prestam aconselhamento a Pequim, estarão a sugerir que a China imponha limites à venda de alguns produtos a empresas americanas, usando desta forma as "restrições nas exportações" para ameaçar a cadeia de fornecimento destas empresas.
As novas negociações deveriam começar por volta do dia 20 de Setembro, tendo sido proposto pelo próprio secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.
Contudo, o presidente dos EUA, Donald Trump, terá instruído colaboradores para se avançar com a imposição de tarifas sobre produtos importados da China, avaliados em cerca de 200 mil milhões de dólares, segundo revelaram fontes próximas do processo à Bloomberg, na sexta-feira, 14 de Setembro.
Actualmente estão em vigor tarifas sobre importações chinesas avaliadas em 50 mil milhões de dólares. E a China também aplicou tarifas sobre bens do mesmo valor.
Trump admitiu mesmo avançar com tarifas sobre produtos avaliados em 200 mil milhões de dólares e ameaçou taxar outros produtos cujas importações estão avaliadas em 267 mil milhões de dólares. Ou seja, o presidente dos EUA admitiu assim impor novas tarifas sobre a quase se não mesmo a totalidade dos produtos importados da China.