Notícia
Tensão política "custa" mais de três mil milhões à bolsa nacional
Os receios dos investidores quanto à situação política portuguesa mantêm a bolsa nacional sob pressão. O PSI-20 está a ser palco de fortes quedas que atingem, principalmente, a banca e o sector da energia.
A bolsa portuguesa continua em queda. Depois da maior descida a nível mundial, no arranque desta semana, no dia em que o PS poderá, com o apoio dos restantes partidos de esquerda, derrubar o Executivo de Passos Coelho, Lisboa volta a ser palco de descidas expressivas. Fortes desvalorizações que estão a "custar" já mais de três mil milhões de euros aos investidores, com o sector financeiro e o energético a destacarem-se.
A "factura" com a tensão política ascende já a 3.200 milhões de euros, com a capitalização bolsista das cotadas representadas no principal índice da bolsa nacional a encolher de 54.758 para 51.555 mil milhões de euros em menos de duas sessões. Uma perda de valor que traduz a queda acumulada de 5,86% do PSI-20 que só na primeira sessão desta semana registou uma desvalorização mais de 4%.
O grande foco dos investidores tem sido a banca, sendo a mais penalizada pela escalada registada nos juros da dívida pública portuguesa. "O sector financeiro deverá ser o mais penalizado pelo impacto directo que a instabilidade política tem na evolução das ‘yields’ de dívida portuguesa e o impacto indirecto na alienação do Novo Banco, isto para além da perspectiva de uma maior nível de taxação sobre a banca e rendimentos de capital, traduzindo uma certa ideologia de esquerda (mais ou menos radical) que poderá estar imbuída numa solução de Governo que contemple PS-PCP-BE", diz a equipa de "research" do BiG.
Tanto BCP como BPI e Banif registam perdas percentuais expressivas: -13,45%, -9,54% e -18,22%, respectivamente, desde o arranque desta semana. Descidas que se traduzem em 606 milhões de euros de perda de valor de mercado do conjunto do sector. Contudo, é a energia que está a ser mais penalizada, quando considerada a perda de capitalização bolsista dos títulos na praça portuguesa.
A EDP, sozinha, já perdeu mil milhões de euros. O valor de mercado da eléctrica afundou em resultado da queda de 8,01% acumulada esta semana, tendência que tem sido seguida pela EDP Renováveis (-7,08%), que viu o seu valor em bolsa cair em 424 milhões. "Os sectores bancário e de ‘utilities’ (empresas que fornecem serviços públicos e de que são exemplo: electricidade, comunicações, água, etc)", são os mais castigados, diz João Queiroz, director de negociação da GoBulling.
"O sector de ‘utilities’ , que é o mais exposto a alterações regulamentares, poderá variar dependente das medidas específicas apresentadas", nota o BiG. No total, considerando a queda de 2,73% registada pela Galp Energia neste mesmo período, ascende a 1.657 milhões de euros, ou seja, mais de metade da perda de valor registada pelo conjunto das cotadas presentes na principal "montra" da bolsa de Lisboa.
A "factura" com a tensão política ascende já a 3.200 milhões de euros, com a capitalização bolsista das cotadas representadas no principal índice da bolsa nacional a encolher de 54.758 para 51.555 mil milhões de euros em menos de duas sessões. Uma perda de valor que traduz a queda acumulada de 5,86% do PSI-20 que só na primeira sessão desta semana registou uma desvalorização mais de 4%.
Tanto BCP como BPI e Banif registam perdas percentuais expressivas: -13,45%, -9,54% e -18,22%, respectivamente, desde o arranque desta semana. Descidas que se traduzem em 606 milhões de euros de perda de valor de mercado do conjunto do sector. Contudo, é a energia que está a ser mais penalizada, quando considerada a perda de capitalização bolsista dos títulos na praça portuguesa.
A EDP, sozinha, já perdeu mil milhões de euros. O valor de mercado da eléctrica afundou em resultado da queda de 8,01% acumulada esta semana, tendência que tem sido seguida pela EDP Renováveis (-7,08%), que viu o seu valor em bolsa cair em 424 milhões. "Os sectores bancário e de ‘utilities’ (empresas que fornecem serviços públicos e de que são exemplo: electricidade, comunicações, água, etc)", são os mais castigados, diz João Queiroz, director de negociação da GoBulling.
"O sector de ‘utilities’ , que é o mais exposto a alterações regulamentares, poderá variar dependente das medidas específicas apresentadas", nota o BiG. No total, considerando a queda de 2,73% registada pela Galp Energia neste mesmo período, ascende a 1.657 milhões de euros, ou seja, mais de metade da perda de valor registada pelo conjunto das cotadas presentes na principal "montra" da bolsa de Lisboa.